O desafio das corporações para manter a proteção aos dados dos usuários (Concurso Banco do Brasil)

Com a constante digitalização no mundo globalizado, as corporações estão investindo em soluções por meio de aplicações virtuais, para fornecer produtos e comunicação com o público. Porém, se por um lado a tecnologia agiliza processos, por outro há uma preocupação gradual com a proteção de dados dos usuários, o que tem tornado as leis cada vez mais rígidas, obrigando as empresas a lidarem com revisão de processos digitais e escassez de profissionais de cibersegurança.

Entre 2017 e 2018, houve um vazamento de dados de quase 2 milhões de clientes da empresa Netshoes e foi objetivando evitar casos parecidos, que entrou em vigor no Brasil, no final de 2020, a Lei Geral de Proteção de Dados, que em linhas gerais, torna mais transparente para o usuário o uso de seus dados e obriga as empresas a protegê-los com mais cuidado, além de ter planos de redução de danos, no caso de exposição dessas informações pessoais. Assim, a fim de evitar punições e descredibilização, as companhias devem gradativamente revisar suas políticas de proteção de dados.

Por conseguinte, bancos, empresas e demais instâncias que possuem serviços virtuais precisam lidar com a adequação de seus processos, capacitando seu corpo de funcionários, visando maior proteção virtual. Porém, mesmo com todo o esforço, ainda existe um grande problema, que é a falta de profissionais capacitados. Em 2020, o Centro de Serviço de Inteligência (ISC), mostrou por meio de uma pesquisa que o mundo tem apenas cerca 2,8 milhões de profissionais em cibersegurança, o que dificulta consideravelmente o reforço da proteção de dados, que carece também de especialistas em Direito Digital.

Dito isso, nota-se que as dificuldades de proteção de informações no mundo virtual passam principalmente pela revisão de processos computacionais e escassez de mão de obra qualificada. Assim, cabe às empresas, juntamente com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, promoverem o interesse e a formação da população na área de segurança da informação, para que haja aceleração digital e aumento do número de profissionais de cibersegurança, além de criarem campanhas sobre proteção de dados, formando assim trabalhadores mais preparados para lidar com tarefas que necessitem de proteção de dados.