O culto à padronização do corpo no Brasil

A série “My Mad Fat Diary”, apresenta a vida de uma garota que, devido à padronização corporal presente no âmbito social, enfrenta dificuldades ao aceitar o seu corpo. Nesse contexto, observa-se que a narrativa não diverge da realidade brasileira, visto que, a problemática se deve à influência midiática a respeito do culto ao corpo e, indubitavelmente, gera graves transtornos psicológicos e físicos aos indivíduos.

Mediante ao elencado, o livro “A Sociedade do Espetáculo” – escrito por Guy Debord – retrata a teoria de que indivíduos vivem suas vidas com o intuito de sempre expressar a perfeição. Analogamente, a indústria midiática como o “Instagram”, utiliza de sua influência para enaltecer a corpolatria, na qual, apresenta a beleza presente em apenas um estilo físico e, dessa forma, outros modelos corporais são menosprezados, visto que, não se padronizam socialmente.

Por conseguinte, de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), pessoas que não se enquadram ao paradigma estético apresentam, exacerbadamente, transtornos psicológicos como depressões e ansiedades. Desse modo, acarretam distúrbios físicos como a automutilação e, ao não realizar o tratamento adequado, o risco de suicídio se eleva, dado que, a procura pela perfeição inexistente nunca é alcançada.

Em suma, é imprescindível que o Ministério da Saúde em conjunto com a utilização midiática, promova campanhas contra a padronização estética, por meio de comerciais televisivos que informem a população acerca dos riscos psicológicos e físicos, gerados pela busca do modelo corporal perfeito. Logo, os comerciais devem ser exibidos diariamente com o intuito de informar e alertar os indivíduos. Espera-se com essa ação que o culto à padronização do corpo seja reduzido ou, até mesmo, dissipado.