O crescimento da violência contra educadores no Brasil

Ser professor, hoje, no Brasil, não é tarefa fácil, pela avaliação da profissão ou pela violência que assola as escolas. Segundo uma pesquisa elaborada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 12,5% dos professores brasileiros relataram ser vitimas de agressões verbais ou de intimidação dos alunos ao menos uma vez por semana, enquanto entre os outros países a media é de 3,4%. Os dados reforçam a necessidade de analisar as causas que agravam esse problema dentre as quais se destacam o histórico familiar dos alunos e o descaso governamental.

De início, é imperioso notar que a vida familiar do alunos interfere na vida em sociedade e principalmente na vida escolar. De acordo com o psicólogo Jean Piaget, o indivíduo se desenvolve a partir da ação sobre o meio em que está inserido, logo um jovem que é vítima de agressão verbal ou até mesmo física dentro de sua própria casa acaba por levar isso para o âmbito escolar, prejudicando o ensino dos professores  e o aprendizado dos alunos. Sob essa óptica, é perceptível que a falta de comunicação entre família e escola, que são os principais responsáveis pela formação dos jovens, dificulta a resolução desse problema.

Ademais, é válido perceber que a inoperância do poder público potencializa esse quadro atual. Segundo o filósofo inglês Thomas Hobbes, é dever do Estado proporcionar meios que auxiliem o progresso de toda a coletividade, assim, é nítido que a falta de políticas públicas para prevenir e reduzir os índices de violência é um atraso para o desenvolvimento das escolas. Em decorrência dessa indiligência do poder público muitos professores não sabem como reagir a essas situações e acaba não denunciando por falta de apoio.

É evidente, portanto a necessidade de medidas que solucionem o crescimento da violência contra educadores. Por isso, o Governo Federal em parceria com o Ministério de Educação, por meio da criação de políticas públicas, deve assegurar que professores tenham proteção e amparo necessário para lidar com essa situação, a fim de que o ambiente escolar se torne um lugar somente de aprendizado e desenvolvimento. Ainda, é importante que as famílias e a escola possam se comunicar abertamente, assim as escolas devem oferecer conversas periódicas entre professore, psicólogos e pais.