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O COMBATE DA IGNORÂNCIA SOBRE A SAÚDe

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Mediante a um surto de varíula, por conta do precário sistema de saúde, o Estado do Rio de Janeiro viu-se com um grande problema pois, a população se negava a tomar as medidas cabíveis, fazendo com que ocorresse a Revolta da Vacina. De maneira análoga, tal fato histórico assemelha-se ao atual cenário brasileiro a medida que a maioria da população não tem acesso a educação, e consequentemente não obtêm as informações necessárias para viver de maneira saudável.

Para o sociólogo francês Émile Durkiem o indivíduo só poderá agir a medida que aprende a indentificar o contexto em que está inserido, a saber quais são suas origens e as condições de que depende. Mostrando assim, a importância de um bom sistema educacional, e que o mesmo, atinga a todos.

As periferias brasileiras enfrentam sérios problemas relacionados à saneamento básico. Consoante o economista brasileiro Roberto Campos mais importantes que as riquezas naturais, são as riquezas da educação, e da tecnologia. Mediante a isto, é evidente que por meios educacionais, haverá melhoras tecnológicas, e posteriormente, melhoria de vida para todos.

Portanto, é indubitável que por parte dos órgãos governamentais deve-se haver maior oferta de escolas e hospitais, promovendo assim, mais educação e saúde. Fazendo com que não ocorram mais casos como o da revolta da vacina.

 

*Modelo EsSa

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2 Correções

  1. Uma rápida comparação entre os seus últimos tetos demonstra a tua evolução e eu espero que esteja se orgulhando desse caminho que está trilhando.

    Durante esse tempo, sua redação sempre sofreu por ter poucas palavras.
    Na sua primeira, 135 palavras; na segunda, 165; na terceira, 177; na quarta, 148; na penúltima, 203; e nessa, 213.

    Não sou lá tão incompetente nas contas e consigo perceber a tua evolução, tu quase dobrou em número de palavras esse ano, e só por isso já merece os parabéns.

    Uma redação Enem costuma ter, no mínimo, 300 palavras (10, 12 palavras por linha), e isso acontece porque o Enem é muito estático, dá um caminho muito óbvio e, consequentemente, todas as frases têm uma função específica e pré-determinada dentro do texto, e eu vou tentar explorar cada uma no seu texto, sem fazer análise de norma culta, porque é a sua prioridade nesse momento (se o foco for o Enem, é claro – EsSa é outra parada…)!

    Recomendo que não leia ansiosamente, isso aqui é mais uma aula baseada na sua redação do que uma correção! É o que eu faço há muito tempo fora daqui.

    Bora lá,

    (1) Mediante a um surto de varíula, por conta do precário sistema de saúde, o Estado do Rio de Janeiro viu-se com um grande problema pois, a população se negava a tomar as medidas cabíveis, fazendo com que ocorresse a Revolta da Vacina.
    (2) De maneira análoga, tal fato histórico assemelha-se ao atual cenário brasileiro…
    (3)a medida que a maioria da população não tem acesso a educação, e consequentemente não obtêm as informações necessárias para viver de maneira saudável.

    1 – Aqui você apresentou a contextualização, muito apropriada ao tema, a Revolta da Vacina é um contexto clássico e inevitável de mencionar num tema como esse. Aqui você demonstrou que entendeu o tema, que você está falando a mesma língua do corretor. A várias maneiras de apresentar/contextualizar um tema, e você usou a técnica da Introdução histórica, apontando um fato histórico que bem representa o tema. Se você tiver que enfrentar um tema para o qual não tenha um fato histórico a abordar, saiba outras maneiras de apresentar o tema, nem que seja o tradicional “Muito/Pouco tem se discutido sobre o tema x”, que nem de longe é tão legal quanto o histórico, mas que te faz cumprir essa primeira função de mostrar pro corretor que vc e ele estão falando a mesma língua.

    2 – Aqui está a sua tese/opinião. É importante deixá-la bem clara, bem explícita, porque é a ela que você sempre vai se referir na argumentação. A argumentação serve para sustentar a tua opinião. A tese costuma vir numa frase em separado, bem curta, direta, objetiva, demarcando o seu ponto. Nesse caso específico, caberia incluir um “lamentavelmente”, um “infelizmente”, pra enfatizar o seu posicionamento; seu posicionamento é um adjetivo, uma característica que você dá ao debate (da vacina, no caso). Pra você, o que eu entendo a partir disso, é que você defenderá que nós estamos repetindo os mesmos erros do passado, e até espero ler de você, lá na conclusão, que a gente precisa aprender com esses fatos bem básicos que marcaram a nossa história como sociedade brasileira.

    3 – Já aqui, e talvez você não esteja familiarizado com estas palavras, estão os seus “fios soltos”. O que são os fios soltos? É importante lembrar que “texto” vem da palavra têxtil, que nos remete a tecido. Cabe, então, a analogia com costuras: escrever um texto é costurar. Dessa analogia, a gente pensa algumas coisas. Quando a costureira começa o seu trabalho, ela sai costurando aleatoriamente ou ela sabe exatamente como vai cruzar os fios e como ela quer que acabe a sua costura? Então, a ideia dos fios soltos é essa: você deixa ideias no final do 1º parágrafo para poder conduzir a sua argumentação. Nos fios soltos, ficam os indícios do que você planeja desenvolver/argumentar. A função deles é mostrar pro leitor que você tinha um projeto de texto, que você começou a escrever já tendo uma ideia de como ia terminar, passando essa ideia de costuteiro profissional. Portanto, eu posso imaginar que seus argumentos para justificar a opinião de “Erros históricos que estão se repetindo” sejam:
    I – Falta de acesso à educação; II – Falta de informações

    O ideal, então, é que seu primeiro parágrafo de desenvolvimento trate dessa questão do acesso à educação, que está ainda não está bem explicada e pode ser desenvolvida: por que a falta de educação causa essa repetição de erros?

    Da mesma forma, no segundo parágrafo, espera-se que você responda à mesma pergunta: por que a falta de informações gera essa Revolta da Vacina 2.0?

    Vamos a eles:

    (1) Para o sociólogo francês Émile Durkiem o indivíduo só poderá agir a medida que aprende a indentificar o contexto em que está inserido, a saber quais são suas origens e as condições de que depende.
    (2) Mostrando assim, a importância de um bom sistema educacional, e que o mesmo, atinga a todos.

    1 – Aqui você já está pulando algumas etapas que não precisa pular.

    Quero apresentar-lhe, então, o Tópico Frasal. TF, pra poupar caracteres.

    O TF é o resumo da ideia do parágrafo. Faz mais sentido falar de TF no Desenvolvimento porque tudo o que a gente for escrever no parágrafo do Desenvolvimento vai remeter a ele. Isso porque o TF é o argumento propriamente dito!

    Sabe aquele fio solto? Então, você vai pegar o seu fio mais fraco e vai usá-lo como primeiro argumento. A explicação para isso é que você tem que mostrar ao corretor que não saiu inventando um segundo argumento, e isso vai gerar uma Gradação Dissertativa, ou seja, seu texto, em tese, vai se tornando mais interessante a cada parágrafo (o 2º é mais cativante que o 1º; o 3º prende ainda mais atenção que o 2º; e a conclusão é o ápice, é a chave de ouro). Isso tudo é teoria de um texto perfeito, que nem sempre dá certo, mas o que der aplicar você aplica!

    O que significa “usar o fio solto como argumento”? Pois muito bem, é a repetição da ideia mais aprimorada.

    Explico: ao invés de já adiantar todo o argumento no fio solto, dizendo que “à medida que a maioria da população não tem acesso a educação”, você pode terminar o seu fio solto com INDÍCIOS: “assemelha-se ao atual cenário e isso pode ser explicado por fatores educacionais e informacionais”.

    Aí você chega no segundo parágrafo e começa:
    “Em primeiro lugar, é importante destacar que a maioria da população não acesso a um bom sistema educacional.”

    Pronto, tá aí um Tópico Frasal do primeiro argumento, é o seu argumento! A partir do Tópico Frasal é que você vai desenvolver o parágrafo.

    O que você fez aqui você sair pulando essa etapa, e aí você pode ficar meio perdido: “estou desenvolvendo que ideia?”

    Ora, a partir da definição de qual argumento você quer desenvolver, surgirão várias estratégias de desenvolvimento que você explorar, incluindo a citação/argumento de autoridade.

    É interessante pensar que a maneira mais sólida e elementar de toda discussão que a gente tem na vida é pela exploração de causas e efeitos – isso aqui é uma estratégia argumentativa!

    Quando alguém te dá uma opinião estranha, qual é são as perguntas? “por quê?”, “e daí?”. Ora, o que essas perguntas fazem é procurar causas e efeitos, que você pode fazer consigo próprio.

    Por que a falta de acesso à educação explica “o atual cenário brasileiro”? Aí você vai responder numa segunda linha desse parágrafo:
    “Isso porque, segundo o sociólogo francês Émile Durkheim, o indivíduo só poderá agir à medida que aprende a identificar o contexto em que está inserido, a saber: quais são suas origens e as condições de que depende.”

    A ideia, porém, é que você preencha o argumento com o máximo de “por quê?” e “e daí?” que você puder. Por que Durkheim faz sentido? Ou: por que ele tem que identificar o ser humano precisa identificar o seu próprio contexto? A resposta quem tem que dar é você, eu nunca li Durkheim, citaria Paulo Freire ou Edgar Morin kkkkk

    Após explorar as causas, trabalhar a citação, o natural é pensar nas consequências, nos efeitos, no “e daí”:
    “Logo, evidencia-se a importância da educação e, por consequência, a necessidade de se enfatizar o estudo do passado brasileiro” – esse final é natural, obrigatório, cada final de parágrafo argumentativo retoma a tese, fecha o ciclo reafirmando a sua posição do primeiro parágrafo. Por isso que a tese é tão importante, ela alimenta a tua argumentação, dá sentido ao desenvolvimento.

    E sobre o segundo argumento, aqui a gente o problema de não compreender o fio solto. Você falou de informação lá no primeiro parágrafo, aqui era pra trabalhar não exatamente a História, mas a mídia, a dificuldade que as redes sociais ou a própria mídia televisiva, as rádios, enfim, como essas mídias não dão conta de informar a população ou de combater as crenças populares que levam as pessoas a não se vacinarem. Eu suponho que eu não esteja falando de coisas que você não sabia falar.

    Por que passou na sua cabeça citar “informações necessárias” lá no primeiro parágrafo? Você misturou os conceitos de informação e de estudo por que esqueceu de anotar como você queria argumentar? Ou não deu atenção o suficiente pra sua própria opinião – ora, como é que você forma a sua própria opinião sem argumentos mínimos?

    Como já falei, argumentação é algo que já tá intuitivamente em nós, é o “por que tu pensa que o povo é mal educado?”, “Que que tem o povo não querer se vacinar?”

    Numa discussão de bar tu consegue desenrolar uns argumentos e espero que tu fique mais à vontade pra explorá-los aqui. O que quis dizer é que se você sabe o que é Revolta da Vacina, você tem mais elementos pra discutir por 5 minutos sobre isso, e 5 minutos é o tempo de leitura de uma Redação Enem.

    Siga caminhando nesse desenvolvimento das palavras, fica mais à vontade pra colcoar as suas próprias palavras, evite a ansiedade de sair falando as primeiras ideias que vêm à sua cabeça – é pra isso que serve o rascunho, pra você planejar, pra você não pular as etapas estruturais que cumprem funções no Enem.

    O TF esclarece ao corretor qual é o argumento que você quer trabalhar naquele parágrafo.

    O TF ajuda você a esclarecer as suas próprias ideias, pra não sair misturar um argumento com outro, sem tática, eu apresentei aqui a tática das causas e consequências. Se isso interessar a você, recomendo que procure conteúdos na internet que expliquem exatamente isto: estratégias argumentativas.

    Espera-se 5 ou 6 linhas da sua Introdução, e você conseguiu cumprir essa expectativa porque cumpriu as funções da Introdução.

    Agora cabe a você entender quais as funções de um parágrafo do Desenvolvimento. Aqui se espera umas 8 ou 9 linhas de você.

    TF. Causa. Causa da causa. Consequência. Consequência da consequência.

    Cada ponto é uma oportunidade de conectivos, aqui no Desenvolvimento você toca diretamente nas competências 2, 3 e 4. Já leu o Manual de Redação do Enem?

    Você precisa lê-lo pra saber fazer uma redação Enem, mas você só saberá escrever uma redação Enem se souber explicar cada ponto desse Manual, e escrever sabendo o que cada competência exige otimiza muito os seus estudos.

    Enfim, grandinho demais, não sei nem se você vai ler tudo isso, mas ficou grande porque senti que você precisava e merecia se inteirar um pouquinho das funções que o Enem exige no Desenvolvimento.

    Aí tu foca nisso e depois tu procura saber sobre as funções da Conclusão. Bons estudos!

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  2. A sua escrita é ótima, mas tenho dúvidas a respeito das menções que fez ao Émile e Roberto, não conheço as frases, mas acho que seria melhor “destacar” as citações e aforismos (caso não estivesse parafraseando). A sua argumentação é consiste, percebe-se o uso de diversos repertórios e isso alavanca a sua nota. Acho que seria melhor detalhar a proposta de intervenção um pouco mais (agente-ação-meio-finalidade) vá mais a fundo no que diz respeito o último parágrafo do texto pra se dar bem na competência cinco, ok? A sua escrita é ótima, o seu conhecimento de mundo também. Apenas tente revisar a questão do projeto de texto e deixe a proposta mais detalhada! Parabéns pela excelente redação.

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