O combate ao tabagismo

Anteriormente, durante boa parte do século XX, a indústria cultural fabricou uma imagem do cigarro como símbolo de virilidade a até mesmo do romantismo, tendo como principal alvo os jovens. Na década de 1950 uma das marcas que conquistaram um forte posicionamento no mercado foi a “Malboro”. Com efeito, o hábito de fumar fomentado desde o século passado representa grave problema na saúde pública.
Brasil e Turquia são os dois únicos países, dentre as 171 nações que aderiram às medidas globais da Organização Mundial de Saúde (OMS), que implementaram ações governamentais de sucesso para a redução de consumo de tabaco. Apesar do setor de produção de tabaco ser uma fatia importante da economia brasileira, gerando emprego e renda para mais de 600 mil pessoas no país, o Brasil ainda é referência mundial no combate ao tabagismo, e desenvolve ações por meio do Programa Nacional de Controle do Tabagismo e outros Fatores de Risco de Câncer (PNCTOFR), que tem como principal objetivo reduzir a prevalência de fumantes no Brasil e a consequente morbimortalidade por doenças relacionadas. Considerando que, em 1889 a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN) mostrou que 34,8% dos adultos eram tabagistas e até 2011 decaímos para 14,8%, o que podemos fazer para acabarmos de vez com esse consumo?
Sabendo que, durante muitos anos a televisão usou comerciais incentivando o uso do tabagismo, poderíamos usar esse mesmo meio de forma reversa para diminuir o uso do próprio. Campanhas e programas sociais de ajuda para fumantes deveriam se tornar mais aparentes, alcançando assim um público alvo maior.