O combate ao crime organizado no Brasil (formato ENEM)

A Constituição Federal de 1988 é um documento que, apesar de recente, possui representatividade internacional pela sua vanguarda jurídica em garantir que a população brasileira tenha acesso a direito sociais, como a segurança. No entanto, mesmo diante desse arcabouço normativo, a ineficiência do combate ao crime organizado no Brasil mostra limitação prática deste código legal e a necessidade de sanar tal lacuna. Nesse sentido, é clarividente que a mentalidade capitalista figura como origem desta problemática. Assim, não só a falibilidade educacional, como também a tecnologia em rede cristaliza essa situação.

A falha educacional, desse modo, dificulta o combate as facções no Brasil, na qual sintetiza mais facínoras. Isso acontece porque o sistema de ensino brasileiro, focado na formação de peão para o mercado de trabalho, acaba por secundarizar a plenitude social do ser, já que valoriza atividades conteudistas, limitando, então, a autoconhecimento do indivíduo, mesmo em um ambiente civilizador, como a escola. Essa reflexão pode ser confirmada pela afirmação do filósofo Pitágoras, na qual afirma “educai as crianças e não será preciso punir os homens”, uma vez que não se pode esperar um cidadão pleno sendo que, nem mesmo mediante a educação, foi auxiliado socialmente.

Ademais, o mundo globalizado corrobora a falta de êxito no combate ao crime organizado do país. Essa situação surge, da fácil comunicação entre os criminosos que, em uma perspectiva interesseira e com fins ilegais, transforma em ferramenta criminosa aquilo que levou a humanidade para outro patamar, a internet. Nesse viés, essa conjuntura atrapalha o trabalho policial, pois a internet possibilita o encontro dos meliantes, por meio de mensagens e ligações. Além disso, “precisamos lutar por um mundo em que o progresso leve felicidade para todos”, essa frase, do ator Charles Chaplin, representa a realidade nacional, porque a ascensão da tecnologia torna inócua medidas jurídicas que fomentam a segurança pública.

Infere-se, portanto, ações do Poder Público para mitigar o cenário calamitoso. Urge que o Ministério da Economia financie, através de verbas governamentais, programas sociais a fim de auxiliar o jovem pueril nas relações sociais e manter o indivíduo engajado em uma mentalidade legal e justa, para isso, será preciso a disponibilização de prédios e, principalmente, profissionais da área para moldar a ideologia daqueles que são marginalizados pelo sistema educacional falho. Por outro lado, o governo federal deve fiscalizar o que planejado no meio digital, “stalkers do bem”. Quem sabe assim, a segurança do povo brasileiro deixará de ser apenas um texto constitucional e se aplicará à realidade.