O brasileiro e a falta de domínio em inglês

Quando um bebê é concebido ao mundo nesse momento há o predomínio da linguagem não verbal, isto é, ele não se expressa tanto de forma oral, mas sim através de gestos faciais, motores, dentre outros. Com o passar dos anos ele começa a falar as primeiras palavras, dentre elas o próprio nome, baseadas no que o mesmo escuta normalmente no ambiente familiar. Sendo assim, tem-se em mente que um bebê que convive com toda a família falando palavras em um determinado idioma ele falará este mesmo também. No Brasil o idioma local é o português. Entretanto, o mercado de trabalho busca cada vez mais pessoa que falem fluentemente ou pelo menos compreendam o básico da língua inglesa, porque é um idioma considerado universal.

A grande expansão tecnológica deu origem a área de programação e suas ramificações, a qual é uma grande área que atualmente está em ascensão e que cobra cada vez mais de seus profissionais o conhecimento básico do inglês porque os códigos devem estar nesse idioma para que programadores de todo o mundo possam acessá-lo e entendê-lo.

Assim como na área tecnológica o idioma é necessário, em uma entrevista de emprego, principalmente de empresas multinacionais, os empregadores buscam empregados com um currículo acadêmico forte e com a presença do diploma do curso de inglês, pois assim não haverá impasses de comunicação em conferências e viagens em solo estrangeiro.

Apesar de o inglês ser de grande importância e que todos deveriam saber ou ao menos ter acesso, este não faz parte do currículo escolar de muitos estudantes ou se faz presente de maneira precária, tanto em escolas públicas quanto privadas. Com essa lacuna nas escolas e na vida de adultos que passaram por esse ciclo a principal solução são os cursos de inglês. Em uma pesquisa de preço, o valor da mensalidade de uma das escolas do idioma, o CCAA, de Salvador é de aproximadamente quatrocentos reais, fora o valor do material didático, que origina um investimento anual de quatro mil e oitocentos e esse valor se multiplica ainda pela quantidade de anos que se faz necessário para o estudante obter o certificado, comprovando que é um investimento muito elevado.

Os dados, então, indicam que uma pessoa com condições financeiras baixíssimas será muito improvável que obtenha o certificado e consequentemente não terá esse diferencial no currículo, fazendo com que pessoas de baixa renda possuam menos oportunidades de empregos nos cargos das empresas, e assim aumentando o índice de desempregados no Brasil e de trabalhos subalternos. Com isso, faz-se necessário que o governo brasileiro destine uma parte do dinheiro público para a implantação de escolas públicas destinadas apenas para o ensino do inglês em cada estado do país e com a determinada quantidade delas de acordo com o número de habitantes da região para que todos, independente da idade e da classe social, possam ter acesso ao idioma.