O Brasil na terceira idade: o país está preparado?

Tema: O envelhecimento da população brasileira e seus desafios

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, “Não são as crises que mudam o mundo, e sim como reagimos a elas”. Sob tal ótica, diante da falta de planejamento, político, que atenda as demandas do envelhecimento brasileiro, é evidente como o Brasil propende-se a respostas negativas, visto que vigora a inatividade da população defronte aos interesses individualistas de seus governantes, e como efeito, emerge o risco do atual sistema de saúde não suportar a procura, que tende aumentar nos próximos anos.

Em primeiro plano, é axiomático como a não participação dos cidadãos pode agravar o problema. Acerca disso, tendo em vista que o hodierno contexto coincide como uma prospecção negativa da ideologia defendida pelo dramaturgo alemão Bertold Brecht – “Que continuemos nos omitindo da política, isso é tudo que os mal feitores da vida pública desejam” – evidencia-se que o cenário, atual, propícia ações individualistas por parte do Estado, dentre as quais é possível abordar o montante de 24 milhões gastos no ano de 2016, no cartão presidencial, segundo o site Blasting News. Faz-se mister, logo, a ampliação de medidas com o objetivo de solucionar esse imbróglio.

Em consequência do supracitado, são notórios os problemas de sobrecarga que o sistema de saúde brasileiro passará, caso seja mantidas tais condições. Com isso em voga, haja vista que 75% dos brasileiros na melhor idade utilizam o SUS – de acordo com um estudo realizado pela ELSI-Brasil – nota-se o potencial risco da saúde pública defronte ao não planejamento. Por conseguinte, evidencia-se a imperiosa necessidade de aplicações para administrar essas, negativa, tendência.

Depreende-se, portanto, a premência de medidas com o fito de mitigar esse impasse. Destarte, cabe ao Ministério da Educação, por intermédio da alteração na Base Nacional Comum Curricular, adicionar a disciplina de Educação Política, desde a tenra idade, a qual tratará de lecionar a importância de uma população ativa politicamente e criteriosa no que rege as solicitações de melhoria. Quiçá, assim, tal hiato reverter-se-á, fazendo “jus”, deveras, àquilo que fora apregoado por Bauman.