O Brasil envelhece: como enfrentar os desafios da melhor idade?

  • 1

Na antiguidade clássica grega, as pessoas idosas eram vistas como algo que encontrava-se em estágio de declínio e decrepitude. Seguindo esta linha de raciocínio, é notório uma correlação com o período atual, no qual a população idosa é constantemente desvalorizada e muitas vezes desrespeitada pela sociedade, vivenciando situações como carência de acolhimento familiar, deficiência no que diz respeito ao amparo estatal e falta de assistência médica, concomitantemente, há um aumento exponencial da quantidade de idosos no Brasil. Com isso, torna-se necessário, portanto, que a nação tome medidas para mitigar a situação.

Em primeiro plano, é válido ressaltar que conforme indicado por uma pesquisa realizada pelo IBGE, 16,2% da população brasileira é idosa, enfatizando ainda um aumento de 7,2% em relação a 2012. Desta forma, é indispensável a existência de políticas públicas de asseguração aos direitos dos idosos, como prescrito no Estatuto do Idoso. Porém, a realidade é inteiramente controversa, visto que não há fiscalização devida quanto aos cumprimentos das prerrogativas estabelecidas por este regulamento, como consequência, o idoso torna-se, paulatinamente, vulnerável a condições de segregação e desamparo.

Segundamente, é importante destacar que o descaso com indivíduos da terceira idade não parte apenas dos órgãos públicos. A própria sociedade, e até mesmo a família, discrimina os idosos e age de maneira malpropícia. Isto ocorre porque as novas gerações enxergam as pessoas de idade mais avançada como o “peso morto” da civilização, isto é, aquele que não tem utilidade e é um empecilho, o qual não vale a pena o investimento, seja financeiro ou emocional. Desta maneira, o período cada vez mais curo de cuidado e acolhimento com os familiares idosos gerou, gradativamente, sentimento de solidão. Este é, ainda, um exemplo de falta de compromisso com o Estatuto, visto que o Art. 3º afirma que é dever da família garantir os direitos básicos aos cidadãos da terceira idade, contudo, na prática não é o que, de fato, acontece.

Em virtude das problemáticas mencionadas, verifica-se a necessidade de intervenção vertiginosa. Logo, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) deve promover políticas públicas de defesa, por meio da divulgação, em aparelhos de comunicação e redes sociais, de contatos para denúncia e exigência dos direitos, com o fito de reduzir os índices de desamparo ao idoso. Desta forma, a frase “ordem e progresso” marcada na bandeira nacional se tornará factual.

Compartilhar

7 Correções

  1. Sua escrita é excelente, parabéns! A utilização de sinônimos fortes e não tão cotidianos deixam o texto muito rico,além de deixar explícito sua capacidade dissertativa.

    INTRODUÇÃO- apresenta uma tese clara e forte, além de uma frase temática para iniciar o texto.

    obs- evitaria o uso de gerúndio na frase: “[…] vivenciando situações como carência […]”.
    DESENVOLVIMENTO 1- bem estruturado e raciocínio linear da relação entre os dados e os argumentos.

    DESENVOLVIMENTO 2- bem elaborado e contextualizado, com o uso do repertório, citando o Estatuto do Idoso, entre outras informações.

    CONCLUSÃO- intervenção completa
    obs- sugestão: fazer uma intervenção mais forte devido a criticidade presente de forma marcante em todo o texto, elaborando talvez duas intervenções.

    Muito bom! Acredite no seu potencial ;)

    • 1
  2. Boa tarde! Você escreve muito bem, parabéns!

    Segundamente, é importante destacar que o descaso com indivíduos da terceira idade não parte apenas dos órgãos públicos. A própria sociedade, e até mesmo a família, discrimina os idosos e age de maneira malpropícia. Isto ocorre porque as novas gerações enxergam as pessoas de idade mais avançada como o “peso morto” da civilização, isto é, aquele que não tem utilidade e é um empecilho, o qual não vale a pena o investimento, seja financeiro ou emocional. Desta maneira, o período cada vez mais curo de cuidado e acolhimento com os familiares idosos gerou, gradativamente, sentimento de solidão. Este é, ainda, um exemplo de falta de compromisso com o Estatuto, visto que o Art. 3º afirma que é dever da família garantir os direitos básicos aos cidadãos da terceira idade, contudo, na prática não é o que, de fato, acontece.

    ===================================

    INTRODUÇÃO MUITO BOA;

    DESENVOLVIMENTOS BONS, PORÉM ACHEI QUE DEVERIA FAZER UM DESFEÇO FINAL BEM CRÍTICO;

    INTERVENÇÃO COMPLETA.

    ====================================
    DICA PRA UMA REDAÇÃO COMPLETA NA PRÓXIMA VEZ:
    INTRODUÇÃO:
    Na introdução tem que ter 3 ou 4 períodos e todos eles interligados por conectivos, com uma tese, e também deve ter um repertório sociocultural….

    DESENVOLVIMENTOS:
    Nos desenvolvimentos devem ter: um tópico frasal, repertório sociocultural, explicação do repertório e um desfecho bem crítico. Devem ser feito com 3 ou 4 períodos e todos interligados por conectivos.

    INTERVENÇÃO:
    Deve ter: AGENTE, AÇÃO, MODO/MEIO, FINALIDADE E DETALHAMENTO….
    ====================================

    180
    200
    180
    160
    200 ================= 920 PONTOS!

    • 1
  3. Oii, como vai? Então, o texto está super bem escrito, segue as orientações de estrutura da redação enem direitinho.
    -Introdução: Apresentação do tema perfeita, relacionou o repertório super bem com a temática. Apresentou opinião e autoria, com uma tese clara e direta. Só com isso, seu corretor já percebe que seu texto vai ter uma linearidade com coerência.
    -Desenvolvimento: Argumentação forte, repertório muito bem utilizado no primeiro parágrafo. Seu texto não é cansativo de ler, você se sente cada vez mais convencido à medida que lemos cada linha. Seu vocabulário também é rico. Você também fez bom uso dos conectivos entre os períodos, eles são muito importantes para sua pontuação na competência 4.
    * Só um adendo para a organização do segundo parágrafo do seu desenvolvimento, é algo mais individual meu, tente não colocar o repertório no finalzinho da sua argumentação, apresente ele logo no segundo período do parágrafo. O ideal são 3 períodos: o tópico frasal; a argumentação com repertório; fechamento da ideia. E assim como você fez no primeiro parágrafo, ligue seus períodos com conectivos. Esse parágrafo tem informações que poderiam ser retiradas, ele fica um pouco grande demais. Pense em seguir esse modelo de 3 períodos.
    -Conclusão: Retomou sua tese direitinho (vou até usar esse “vertiginosa” como sinônimo depois kkk). Agora sobre os elementos da proposta:
    Agente: poderia ter sido detalhado, como? Assim: “Tal ministério, que é imprescindível para isso, isso e aquilo, deve …”
    Ação: válida e pertinente, serve muito bem para o problema apresentado no desenvolvimento 1, você também pode optar por realizar o detalhamento aqui em vez de no agente. Respeita os Direitos Humanos.
    Meio: se relaciona com a ação, também pode ser detalhado.
    Finalidade: coerente com a intervenção.
    No final você fez uma conclusão coerente, mas não há necessidade. Seria mais útil uma segunda intervenção para o problema apresentado no desenvolvimento 2, entende? Essa problemática ficou sem solução, seria uma boa adicioná-la. Na primeira intervenção você cuida do âmbito governamental e na segunda intervenção você cuida do âmbito social, use ela como agente, ou então, use-a como o fato que precisa de solução.
    Deixa o repertório só para os primeiros parágrafos, apesar de coerente, falar da bandeira, é desnecessário e por isso, pode contar como repertório improdutivo e tirar pontos seus na competência 2.
    Certinho?
    Bons estudos!

    • 1
  4. Gostei muito da redação, está de fácil compreensão e muito bem estruturada tanto que a leitura se torna agradável. Acredito que somente a introdução deveria ter sido menos prolongada, tendo um resumo na introdução fica menos cansativo para continuar lendo.
    No geral está ótimo, seu vocabulário é excelente.

    • 1
  5. Seu texto está impecável, uma ótima estruturação de parágrafos, as ideias estão bem organizadas e de fácil compreensão. Cuidado com frases demasiadamente longas, como na introdução, que podem atrapalhar ou confundir a leitura do texto. Seu vocabulário é fantástico.
    Na conclusão, o agente, o meio e o detalhamento estão perfeitos. Parabéns.
    Nota 920

    • 1
  6. Oii, eu gostei muito da sua redação, ela e bem estruturada os argumentos são bem separados.
    A única dica que eu tenho para te da e cuidado na conclusão, pois nem todas as perguntas da proposta de intervenção foram respondidas, fora isso parabéns pelo texto e pelo vocabulário rebuscado.
    Outra coisa, os parágrafos estão muito grandes na minha opinião eles poderiam ser um pouco menos densos para nao cansar os leitores.

    • 0
  7. Na antiguidade grega, as pessoas idosas eram vistas como algo que encontrava-se em estágio de declínio e decrepitude. Seguindo esta linha de raciocínio, é notório uma correlação com o período atual, no qual a população idosa é constantemente desvalorizada e muitas vezes desrespeitada
    pela sociedade, vivenciando situações como carência de acolhimento familiar, deficiência no que diz respeito ao amparo estatal e falta de assistência médica. Há um aumento significativo da quantidade de idosos no Brasil. Com isso, torna-se necessário, portanto, que a nação tome medidas para mudar essa situação.

    Em primeiro plano, é válido ressaltar que conforme indicado por uma pesquisa realizada pelo IBGE, 16,2% da população brasileira é idosa, enfatizando ainda um aumento de 7,2% em relação a 2012. Desta forma, é indispensável a existência de políticas públicas de asseguração aos direitos dos idosos, como prescrito no Estatuto do Idoso. Porém, a realidade é inteiramente controversa, visto que não há fiscalização devida quanto aos cumprimentos das prerrogativas estabelecidas por este regulamento, como consequência, o idoso torna-se, vulnerável a condições de segregação e desamparo.

    Sabendo disso, é importante destacar que o descaso com indivíduos da terceira idade não parte apenas dos órgãos públicos. A própria sociedade, e até mesmo a família, discrimina os idosos. Isto ocorre porque as novas gerações enxergam as pessoas de idade mais avançada como o “peso morto” da civilização, isto é, aquele que não tem utilidade e é um empecilho, o qual não vale a pena o investimento, seja financeiro ou emocional. Desta maneira, o período cada vez mais curto de cuidado e acolhimento com os familiares idosos gerou, gradativamente, sentimento de solidão. Este é, ainda, um exemplo de falta de compromisso com o Estatuto, visto que o Art. 3º afirma que é dever da família garantir os direitos básicos aos cidadãos da terceira idade, contudo, na prática não é o que, de fato, acontece.

    Em virtude das problemáticas mencionadas, verifica-se a necessidade de intervenção vertiginosa. Logo, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) deve promover políticas públicas de defesa, por meio da divulgação, em aparelhos de comunicação e redes sociais, de contatos para denúncia e exigência dos direitos, com o fito de reduzir os índices de desamparo ao idoso. Desta forma, a frase “ordem e progresso” marcada na bandeira nacional se tornará factual.

    • -2

Você precisa fazer login para adicionar uma correção.