Em 2018, a cantora norte-americana Demi Lovato foi hospitalizada após sofrer uma overdose de heroína, substância à base de ópio comumente utilizada para fins medicinais. Nesse contexto, no âmbito nacional, surge a preocupação com o aumento no uso de opióides, devido a sua capacidade de ocasionar dependência na população. A problemática em questão, portanto, associa-se à inércia estatal perante a situação, tanto pela estagnação do modelo do sistema de saúde brasileiro, quanto pela ausência de fiscalização eficiente no país.
Em primeiro plano, nota-se que, no Brasil, a população é constantemente exposta ao uso de opióides. Sob esse viés, o sistema de saúde brasileiro, segundo o médico Dr. Dráuzio Varella, mostra-se centrado no tratamento de doenças, mas é marcado pela escassez de políticas de prevenção. Com isso, observa-se, na sociedade brasileira, o incentivo ao uso de medicamentos para tratar enfermidades – como, por exemplo, a grande quantidade de propagandas sobre fármacos disseminadas nos meios de comunicação – em contraste com a ausência da divulgação de hábitos saudáveis como forma de evitá-las. Desse modo, é notável que a população brasileira, ao abusar do uso de opióides, torna-se reflexo do próprio sistema de saúde do país.
Além disso, é possível observar que o Estado é ineficiente quanto às formas de fiscalização do uso de opióides no Brasil, o que contribui para seu aumento. Nesse sentido, apesar da ANVISA considerar crime a venda de remédios de uso controlado sem a receita médica, um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz aponta que cerca de 4,4 milhões de brasileiros já fizeram o uso ilegal de opióides. A análise desse cenário permite, então, questionar o papel do governo no controle do uso dessas substâncias, uma vez que compreende-se a ineficácia das medidas de segurança adotadas, visto que o uso de opióides segue crescente no país. Dessa forma, surge a necessidade de novas políticas de fiscalização.
Diante dos fatos mencionados, fica evidente a urgência da mudança da postura estatal sobre o uso de opióides no Brasil. Dessa maneira, é dever do Ministério da Saúde conscientizar a população sobre o uso desses fármacos, além de melhorar o controle sobre sua venda, por meio da criação de leis de fiscalização mais severas e da divulgação de dados centrados em outras alternativas para prevenir e tratar doenças, a fim de conservar o desenvolvimento pleno da saúde dos brasileiros. Assim, com a população devidamente informada e a eficiência legislativa, agravamentos de saúde, como o episódio vivenciado por Demi Lovato, poderão ser evitados no Brasil.
elizasolanum
Oie!
Competência 1 – 200 pontos
Excelente domínio da escrita formal e raros desvios.
Único erro que notei foi o acento na palavra “opioides”.
Competência 2 – 200 pontos
Compreendeu a proposta e apresentou um repertório sociocultural produtivo.
Competência 3 – 200 pontos
Dialogou muito bem com os repertórios e desenvolveu seus argumentos de forma completa.
Competência 4 – 160 pontos
Boa estratégia coesiva, seu texto tem bastante fluidez. No entanto, há algumas repetições.
Você repete bastante o termo “uso de opioides”.
Não creio que há problema na repetição da palavra “opioides”, por estar no tema, mas é bom diversificar esse “usar” para não perder pontos por vício de linguagem. Algumas palavras que encaixariam: utilizar, usufruir, consumir.
Outra palavra que se repete com frequência é “população”.
Competência 5 – 160 ou 200 pontos
Ótima conclusão mas fiquei um pouco em dúvida se a sua proposta de intervenção possui detalhamento ou não. Não tenho certeza se o último período funciona como detalhamento para o efeito, se não, você ficaria com 160 pontos (nível 4) nessa competência por apresentar somente 4 dos 5 elementos da intervenção. Por via das dúvidas, vou usar as duas pontuações (kkkkkk). Irei me informar melhor sobre.
NOTA: 920/960
De qualquer forma, parabéns! Continue escrevendo! <3