No filme “O lobo de Wall Street”, são retratados os desafios de um corretor da Bolsa de Valores que utiliza de peculiaridades para conduzir seus negócios, mas coleciona fracassos. Ao longo da trama, a narrativa revela o resultado de seus métodos, que se transformam em inovações de sucesso. Logo, observamos uma trajetória comum: o individuo com dificuldades financeiras recorre ao empreendedorismo de forma ousada, em busca de ascensão social. Fora da ficção, é fato que a realidade do filme se relaciona àquela que ocorre atualmente no Brasil, com o aumento de desemprego durante a pandemia fazendo com que muitas pessoas busquem a área de vendas, resultando na descoberta do “e-commerce”.
Em primeiro lugar, é importante se atentar aos 14 milhões de desempregados no Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, em 2020. O crescente número de pessoas em situação de desemprego faz com que, para superar a crise e manter necessidades básicas, muitas pessoas busquem soluções no investimento em rendas como o artesanato, a costura, a confeitaria, entre outros. No período da pandemia, onde muitas cidades adotaram o “lockdown”, o comércio digital surgiu como uma grande alternativa, tanto para novos comerciantes, quanto para grandes empresas que buscam inovar. Segundo o vice-presidente da ABComm, Rodrigo Bandeira, “No auge da quarentena chegamos a ter o registro de uma nova loja virtual a cada minuto”, acrescentando que as maiorias dos proprietários transformaram sua renda extra, em principal.
Ademais, apesar de não existirem estatísticas oficiais e atualizadas, dados da Receita sobre notas fiscais eletrônicas mostram que o salto do comercio eletrônico foi o maior já visto no país. No período do 3° trimestre, por exemplo, a quinta maior varejista do Brasil, Magazine Luiza, reportou um crescimento de 148% nas vendas digitais, em comparação a 2019. Paralelamente, devido a enorme relevância do comércio virtual, grandes e pequenas empresas buscam focar em especializações em áreas como “marketing”, trazendo cada vez mais recursos e qualidade para seus clientes. Assim, fica claro que a tendência desse tipo de mercado é o crescimento, mas que para se destacar é preciso de inovação no meio de tanta concorrência.
Portanto, é preciso que não só empresas e comerciantes procurem investir nessa nova tendência de mercado, mas que o Estado busque reconhecer seu crescimento e potencial. Para potencializar o mercado digital, urge que a Secretaria do Trabalho promova, por meio de parcerias com serviços públicos de entregas, oferta de cursos profissionalizantes em áreas como logística e da simplificação de burocracias em registros de marca, um grande investimento nesse mercado. Somente assim será possível não só incluir o Brasil no novo comércio da era digital, mas diminuir taxas de desemprego e melhorar a economia como um todo.
Mauricio Silva
Bom texto, boa estruturação e escrita. Uma dica é evidenciar seus dois argumentos logo na introdução, sendo esses o desemprego que acarreta no grande aumento do comércio digital e a tendenciosidade das empresas. Outra dica é que sua proposta de intervenção não fez muito sentido devido ao fato de que o tema não é um problema direto, assim ela apenas potencializaria o que já está ocorrendo que é o aumento do comércio digital.
1° Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa: 160
2° Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa: 160
3° Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista: 180
4° Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação: 140
5° Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos: 140
Nota: 780