O aumento de transtornos mentais nos jovens brasileiros

       No filme “O Coringa”,  o protagonista Arthur Fleck é um palhaço mal-sucedido que sofre com distúrbios mentais. Fleck é negligenciado, ignorado e atacado por sua condição, enquanto todos desviam os olhos para ele nas ruas. Não obstante dessa realidade, hodiernamente, vários são os casos que assemelham- se ao da ficção. Dessa forma, a discriminação sofrida por parte da sociedade e a insuficiência moral são empecilhos para solucionar o problema.

       Em primeira análise, os ataques psicológicos sofridos constantemente contribuem para o aumento no índice de patologias. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) o Brasil é o segundo maior país com casos de depressão na América. Nesse sentido, percebe-se que, na sociedade atual, o indivíduo ao expor traços de uma personalidade que está fora do padrão considerado normal, por exemplo: sintomas de depressão, torna-se pretexto para excluído da sociedade.

       Outrossim, pensamentos de insuficiência e autossabotagem agravam a situação. Segundo Aldemar Marinho, pensador brasileiro, “Nada é mais perigoso para a saúde da mente humana que carregar pensamentos negativos”.Nessa ótica, sentindo-se incapacitados de realizar os paradigmas fabricado culturalmente, os jovens que sofrem com essas mazelas segregam-se da sociedade opressora, expandindo um estigma já existente.

       Portanto, é indubitável que medidas sejam realizadas para resolver o impasse. Deste modo, cabe ao  Ministério da Saúde disponibilizar,  de forma abrangente, igualitária e gratuita, clínicas de tratamento e/ ou de recuperação para todos os estados, a fim de assegurar que todas as classes sociais tenham  acesso ao tratamento. Além disso, esse Ministério deve promover  campanhas de conscientização,  por meio de redes sociais e canais televisivos, ressaltando os males causados pela banalização desses transtornos. Somente assim, cenas como as sofridos por Fleck não serão retratados novamente.