O aumento da expectativa de vida como desafio no Brasil

Após o final da Segunda Guerra Mundial a medicina alcançou grandes avanços, os quais possibilitaram a cura e o tratamento de muitas doenças, proporcionando um aumento da expectativa de vida dos cidadãos. Embora esse aumento seja muito positivo para os brasileiros por propiciar uma vivência mais longa, ele ocasiona algumas preocupações para o Estado, como dificuldade em assegurar qualidade de vida para todos, e aumento das despesas do governo. Por isso, é crucial a superação destes desafios.

 
Em primeira análise, é perceptível a dificuldade do Estado em garantir qualidade de vida para todos. Isso porque o aumento da expectativa de vida significa que a população mais velha vai aumentar e necessitar de serviços específicos de saúde e acessibilidade, por exemplo. Entretanto, a população idosa atual ainda não dispõe desses recursos de forma eficaz, demonstrando a necessidade de o Estado pensar e executar ações para cumprir com seu papel, que consiste, segundo o filósofo Thomas Hobbes, em garantir o bem estar dos cidadãos. Assim sendo, com maior expectativa de vida no Brasil deverá buscar-se soluções para resolver o desafio de assegurar o bem estar comum.

 
Ademais, esse fenômeno causa o aumento das dívidas públicas. Nessa perspectiva, são necessários gastos com serviços de saúde, segurança, acessibilidade e previdência, os quais propiciam enormes despesas para o Brasil, ocasionando dívidas, porquanto não há arrecadação suficiente para sanar o problema. Nos anos recentes, inclusive, uma Reforma da Previdência foi proposta para tentar mitigar esse obstáculo, mas ela mostrou-se ineficiente. Destarte, para ofertar qualidade de vida para os cidadãos no futuro, a economia pode entrar em déficit, portanto, isso deve ser combatido.

 
Em conclusão, medidas devem ser tomadas para que o aumento da expectativa de vida seja aproveitado da melhor maneira. Para isso, o Governo Federal, maior instância do Estado brasileiro, deve criar um plano de ação para os próximos 20 anos, por meio da reunião de especialistas e fóruns com a população, que devem planejar melhorias dos serviços para as pessoas mais velhas e delimitar formas de aumentar a arrecadação de verbas. Isso será feito com o intuito de assegurar pelos próximos 20 anos uma melhor assistência à toda população. Para tal, até 2022 deve estar completo e já em execução, para que, assim, o Estado possa cumprir sua função já delimitada há anos por Hobbes.