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O analfabetismo no Brasil: um problema econômico e social

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Tema: O analfabetismo em evidência no Brasil

No livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos, o menino mais velho sonha em poder estudar e assim conhecer o mundo pelas palavras. Analogamente, fora da ficção, o estudo ainda é um sonho distante para muitas crianças brasileiras, que não possuem acesso a escolas, ou, quando possuem, se deparam com um ensino incapaz de lhes fornecer palavras para que conheçam o mundo. Isso ocorre em função da vasta desigualdade social e econômica no país, atrelada à falta de investimento e políticas públicas que visam a educação, e contribui diretamente para a persistência do analfabetismo no Brasil.

Nesse viés, historicamente, a educação nunca foi capaz de abranger a maior parte da população no país. Na era colonial, o acesso ao estudo era permitido exclusivamente para membros da elite, no entanto, simultaneamente, o direito de participar de importantes decisões populares, era exclusivo somente para a sociedade letrada. Dessa forma, a exclusão da educação era uma forma de manipular o povo e manter o poder nas mãos de poucos. Atualmente, apesar de um notável crescimento da educação, ela ainda não abrange a população total. Tal fato é evidenciado em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, os quais apresentam que o Brasil ainda possui 11 milhões de analfabetos.

Ademais, o agravamento do analfabetismo no país também justifica-se pelos diversos entraves para o acesso às escolas, sobretudo para os moradores de regiões mais periféricas, que concentram a maior taxa de analfabetismo no Brasil. Assim, pode-se considerar como alguns desses obstáculos, a falta de infraestrutura, ou seja, escolas inexistentes ou em condições precárias, o que, aliado com uma possível necessidade de trabalhar, comum na população mais pobre, acarreta na evasão escolar, caracterizada pela interrupção com os estudos, por vezes não dando tempo da criança ser completamente alfabetizada.

Portanto, em virtude dos fatos anteriormente citados, nota-se a urgência de mudanças para reverter esse quadro. Assim, com o intuito de diminuir a taxa de indivíduos analfabetos no Brasil, o governo deveria investir mais fortemente na educação, em especial nas áreas mais pobres, por meio de políticas que facilitem o acesso das pessoas às escolas, como a criação de colégios em regiões mais afastadas e o implemento de uma bolsa auxílio para os estudantes, o que consiste no pagamento de dinheiro para as pessoas que comprovem necessitar interromper os estudos para trabalhar, evitando a evasão. Dessa forma, o sonho do menino mais velho de Graciliano e de muitas outras crianças pode sair do subconsciente e passar a tornar-se realidade.

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1 Correção

  1. Olá! Não sou profissional em corrigir redações, mas talvez minha opinião possa te ajudar de alguma forma. A redação está muito bem escrita, com muita coerência e coesão. Em relação ao número de linhas, que no total foram 35, é preciso tomar cuidado. Apesar disso, sei que ao escrever com a letra pequena na folha, esse número pode diminuir. Outra observação que faço, diz respeito ao terceiro parágrafo, pois ele não apresenta um repertório sociocultural que possa ilustrar seu argumento. Por último, sua proposta de intervenção está excelente, apenas com uma ambiguidade na seguinte parte: “O sonho do menino mais velho de Graciliano”, pois é possível interpretar que o menino pode ser o filho do autor ao invés da personagem de seu livro. Ter finalizado a redação com referência à primeira alusão, foi ótimo! Isso valoriza muito o texto. Ademais, parabéns!
    competência 1 – 200
    competência 2- 160
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    Total – 960

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