O analfabetismo funcional e a qualificação das ocupações no mercado de trabalho.

    Em sua música, “estudo errado”, Gabriel, O Pensador, critica um ensino obsoleto e ineficaz, em que o aluno frequenta a escola, mas não adquire nenhum aprendizado. Assim como na música, a sociedade sofre com as conseqüências da baixa qualificação das instituições escolares e com o subsequente analfabetismo funcional. Nesse contexto, a precária metodologia de ensino e a falta de incentivo ao desenvolvimento profissional dos indivíduos tornam-se questões a serem resolvidas pela sociedade.                                                       Em primeiro plano, evidencia-se que a metodologia falida das instituições de ensino, é fator determinante na permanência do problema. Visto que, segundo o antropólogo e escritor Darcy Ribeiro, existe na educação o “pacto da mediocridade”, no qual o professor finge que ensina e o aluno finge que entende. Nesse sentido, é preciso que sejam feitas mudanças no método educacional vigente, transformando a forma pela qual o conhecimento é transmitido, evitando o analfabetismo funcional.                                                Em segunda instância, a falta de incentivo ao desenvolvimento profissional contribui para a continuidade da problemática, pois, de acordo com pesquisas realizadas pela empresa de contratações Man Power, 39,1 mil empregadores, em 43 países do mundo, enfrentam dificuldades em encontrar profissionais qualificadas em diversos setores, que vão da agropecuária até a construção civil. Em outras palavras, o mercado de trabalho não carece de vagas, mas sim de profissionais competentes e capacitados.

Portanto, são necessárias medidas capazes de mitigar tal questão. Para tanto, as instituições escolares devem elaborar novas metodologias educacionais, que visem, de fato, o aprendizado efetivo do conhecimento, desconstruindo o “pacto da mediocridade” de Darcy Ribeiro. Alem disso, os órgãos públicos responsáveis pela educação, devem incentivar o aprimoramento das futuras profissões dos alunos, através de palestras, tratando do mundo do trabalho e a implantação de uma matéria voltada tal assunto. Dessa forma, o analfabetismo funcional no mercado de trabalho será minimizado.