O alto custo financeiro para se viver no Brasil

A Constituição Federal de 1988 prevê em seu artigo 5º , o direito a igualdade entre todos perante a lei como essencial a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal direito não tem se reverberado quando se observa o aumento de preços de itens essenciais para se viver no Brasil, dificultando, deste modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se indispensável a análise dos fatores que favorecem esse quadro.

Em primeira mão, deve-se ressaltar a ausência de medidas para combater o alto custo financeiro para quem vive no Brasil. De acordo com uma pesquisa feita pelo IBGE, o preço do grupo de alimentação e bebidas aumentou em 14,77% em 12 meses, a gasolina, 20% em oito meses e, ainda prevê o acréscimo de 13% na energia, o que, talvez não pareça tão extremo, porém, dentro de casa, essa mudança é enorme. Diante disso, é inevitável afirmar que a dificuldade de arcar com tamanho crescimento de custos dentro de casa, é preocupante para as famílias com menor condição financeira, visto que foram todos os meios de sobrevivência que aumentaram de preço.

Ademais, é fundamental apontar a extrema fome como grande consequência dessa inflação no Brasil. Segundo um levantamento feito pela OMS, FAO e Unicef, há 19,3 milhões de brasileiros vivendo em pobreza extrema no país em 2021. É fato que a população não observa isso somente em dados estatísticos e pesquisas, mas também na vida cotidiana, como as cenas trites em muitos açougues e supermercados espalhados pelo Brasil onde os moradores estavam a procura de ossos e restos de carnes nos descartes desses estabelecimentos. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.

Depreende-se, portanto, a necessidade de combater esses obstáculos. A fim de tornar acessível os itens básicos para se viver, cabe às prefeituras das cidades de todo o Brasil, mediante verba governamental, a distribuição de cestas básicas de alimentação e higiene pessoal e da casa para todas as famílias em extrema dificuldade financeira, de forma que minimize as dificuldades e custos dessas pessoas. Assim, espera-se que se consolide uma sociedade permeada pelos elementos dispostos na magna carta e que prolifere a igualdade entre todos.