O acesso à internet no ambiente educacional como um direito – Estilo ENEM

Em 1988, quando o Brasil passava por um processo de redemocratização, após a Ditadura Militar, o deputado Ulysses Guimarães iniciou sessões na Assembleia para a criação de um novo documento, a Constituição Federal. Nesse registro ficou assegurado a todos o direito de igualdade de oportunidades. Entretanto, o acesso à internet no âmbito educacional é limitado, principalmente em escolas da rede pública, devido à negligência governamental, atrelada à falta de investimento e infraestrutura, impedindo o sucesso da legislação brasileira. Dessa forma, devem-se analisar essas causas que corroboram com a continuidade da problemática.
Diante desse contexto, deve-se analisar o prejuízo gerado pelo descaso do Governo diante a falta de internet nas escolas do país. Nesse viés, segundo Flávio Bastos, presidente da Frente Ampla Democrática dos Direitos Humanos, “o Brasil foi construído como uma sociedade para poucos”. Dessa maneira, pode-se observar que, aqueles estudantes da rede privada, além da maioria possuir condição financeira suficiente para estudar com o auxílio de aparelhos tecnológicos em casa, as escolas também os oferecem esse apoio educacional. Porém, percebe-se também os alunos da rede pública sem tais recursos digitais, ora pela falta de infraestrutura, ora pela falta de investimentos governamentais.
Consequentemente, é perceptível que a falta de acesso à internet para uns e a grande disponibilidade para outros, irá gerar uma enorme desigualdade de oportunidades. Diante disso, com base em dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos, menos de um terço dos estudantes brasileiros possuem acesso a computadores com internet nas escolas. Nesse sentido, conclui-se que, devido ao fato de a internet ser uma enorme facilitadora educacional para a vida dos jovens atualmente, muitos estudantes são prejudicados pela disparidade deste recurso estudantil.
É evidente, portanto, que o acesso à internet no âmbito educacional é impedido por vários fatores. Desse modo, cabe à União, órgão responsável pela distribuição de verbas no país, em conjunto com o Ministério da Educação, direcionar investimentos para a criação de laboratórios com computadores nas escolas da rede pública com a infraestrutura que suporte tal acesso à internet, por intermédio de verbas públicas, com o fito de melhorar a qualidade de ensino nas escolas e diminuir a desigualdade de oportunidades entre os estudantes. Feito isso, espera-se encaminhar a sociedade em direção da proposta na Carta Magna de 1988, levando-a a outro patamar.

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