O ACESSO À INTERNET EM QUESTÃO NO BRASIL

Para o romancista brasileiro Ariano Suassuna, o Brasil é um país injusto, e pode ser dividido em dois: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos. Esse último define uma realidade a ser superada por parte da população: à falta do acesso à internet. Dessa forma, convém a abordagem da questão e a sugestão de soluções.

A princípio, é necessário destacar um dado comprobatório. Segundo o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE), um a cada quatro brasileiros não possuem internet. Isso pode justificar-se devido ao alto preço dos planos, o que dificulta a aquisição do serviço pelas camadas mais pobres, e evidenciando assim, uma forma clara de exclusão.

Por consequência, o acesso íntegro ao conhecimento não alcança esses indivíduos. Com a pandemia do Covid-19, as aulas presenciais foram suspensas e o ensino à distância foi sugerido. Contudo, de acordo com a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) 4,8 milhões de crianças não têm internet. Logo, não usufruem de todas as ferramentas essenciais para uma real aprendizagem.

Portanto, medidas de inclusão precisam ser tomadas para amenizar a desigualdade de acesso. Para tanto, o Governo Federal, por meio de uma ação social, deve prover a conexão de internet gratuita para regiões carentes como, as periferias, a fim de integrá-los à rede. Talvez assim, no futuro, o Brasil poderá contrapor a ideia de Ariano e tornar-se um país mais justo.