O aborto no Brasil

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De acordo com Aristóteles, “A base da sociedade é a justiça”. Entretanto, o contexto do Brasil do século XXI contraria-o, uma vez que demonstra-se como uma questão de injustiça, o que desestrutura a base da sociedade brasileira. Nesse contexto, percebe-se a configuração de um grave problema, que tem como causas a negligência estatal e omissão social.
Primordialmente, é necessário destacar a forma como parte do Estado costuma lidar com o aborto no Brasil. Isso porque, como afirmou Gilberto Dimenstein, em sua obra “Cidadão de Papel”, a legislação brasileira é ineficaz, visto que, embora aparente ser completa na teoria, muitas vezes, não se concretiza na prática. Prova disso é a escassez de políticas públicas satisfatórias voltadas para a aplicação do artigo 6º da “Constituição Cidadã”, que garante, dentre tantos, o direito,
a vida. Isso é perceptível pela falta de campanhas de conscientização acerca do aborto, o que infelizmente é evidente no país.
Outrossim, é válido explicitar o papel da omissão social na intensificação do estigma relativo ao aborto. Nesse sentido, a filósofa Hannah Arendt destaca o que chamou de “banalidade do mal”, Nesta obra, a filósofa defende que o mal já está tão presente na sociedade que ela a considera como normal, não fazendo uma ação para mudar de realidade. Diante de tal exposto, é perceptível que substancial parcela dos cidadãos manifestam na prática a cultura definida por Arendt. Desse modo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.
Portanto, são necessárias medidas capazes de mitigar a problemática. Para tanto, cabe ao Ministério Público, cujo dever é garantir a ordem jurídica e a defesa dos interesses sociais e individuais, cobre do Estado ações concretas a fim de combater o aborto no Brasil. Entre essas ações, deve-se incluir parcerias com as plataformas midiáticas, nas quais promova divulgações acerca dos riscos do aborto, com o propósito de informar a população sobre esse problema. Desse modo, será possível criar uma sociedade mais justa, atingindo os ideais de Aristóteles.

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3 Correções

  1. O ponto mais forte da redação foi a intervenção, que pessoalmente achei ótima. Em minha opinião o texto pecou um pouco na parte argumentativa, que ficou um pouco confusa, já que até o último parágrafo não dava para saber se você era a favor ou contra. No segundo parágrafo seria interessante mudar a ordem das citações, primeiro dizendo que o direito a vida é garantido na legislação, e depois relatar que na prática isso não acontece.
    De resto, gostei dos termos cultos que você utiliza e do repertório sociocultural, que foram bem ricos. Você escreve bem e só tô tentando ajudar :)

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  2. (De estudante para estudante)
    Você trouxe muitas citações filosóficas, o que é legal, mas talvez você tenha exagerado um pouco.
    O texto ficou um pouco confuso pra mim, só no final que eu entendi se você tava defendendo ou era conta o aborto. É muito importante que o seu pocicionamento fique bastante claro para o leitor.
    Eu senti falta de dados, fatos e exemplos em relação ao aborto mesmo, se a sua posição é “contra” o aborto, é necessário que você deixe claro o porquê disso, quais fatores te fazem pensar assim.
    De uma forma geral, você escreve bem, tem um bom repertório cultural, principalmente na area da filosofia, o que pode enriquecer o texto, tem um bom vocabulário também, o que enriquece o seu texto. Minha dica pra você é só treinar um pouco a parte argumentativa. Enfim, parabéns pelo texto, e boa sorte com os estudos! ;)

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  3. Sem espeçamento nos parágrafos = perca de pontos.
    Os dados e uso do artigo da constituição enriqueceram o texto.
    Boa proposta de intervenção.
    Começar e terminar o texto falando de Aristóteles foi um bom artífício.
    O uso de expressões como: ”explicitar”, ”primordialmente”, ”mitigar”, entre outras, enriquecem o texto e demonstram que o aluno tem conhecimento da língua portuguesa, bem como a norma culta.

    Nota: 8,5 de 10.

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