Na minissérie norte-americana “O Gambito da Rainha”, Elizabeth Harmon perde sua mãe em um acidente de carro na infância e não conhece seu pai, que a abandonou cedo. Ao longo da narrativa, é revelado que o acidente fora proposital, provocado por uma discussão com o pai da garota, e o trauma gerado na criança é perpetuado na forma de dependência química, alcoolismo, e tabagismo. Fora da ficção, faz-se necessário discutir o abandono paterno no Brasil, como forma de injustiça social a mães e como fator desencadeador de traumas afetivos a crianças.
Diante disso, em uma primeira análise, evidencia-se que o acréscimo da responsabilidade que recai sobre as mães como principal fator que mais fomenta a cultura do abandono paterno. Isso ocorre porque de acordo com a filósofa Hannah Arendt, em seu conceito “Banalidade do mal”, o pior mal é aquele visto como algo cotidiano. Desse modo, o abandono de pais tem se tornado cada vez mais vigente ao decorrer dos anos sob o princípio machista idealizado pelo patriarcado, no qual as tarefas domésticas, dentre elas a criação dos infantes, é limitada ao sexo feminino, ocasionado o papel não só de mãe, mas também de pai às mulheres. Sendo assim, torna-se evidente a essencialidade da presença do pai na criação dos filhos, o que por sua vez coopera na formação de uma infância saudável a criança.
Além disso, vale postular os impactos afetivos causado às crianças pela ausência paterna. Segundo a Revista Ciência Contemporânea, os indivíduos sem pai tendem a não desenvolver habilidades adequadas para a convivência em sociedade e acabam ficando para trás em relação às outras crianças de sua idade, tanto a nível acadêmico quanto social. Nesse viés, quando o infante é criado com um pai ausente poderá desenvolver sentimentos de insegurança, podendo se estender em outras áreas da vida desse indivíduo. Como resultado, a criança pode vir a desenvolver transtornos de ansiedade no futuro. Desse modo, fica evidente que a ausência da figura paterna impossibilita o desenvolvimento de habilidades sociais importantes, o que causa complicações graves para a vida da criança.
Portanto, observa-se a adoção de medidas que venham atenuar as consequências deixadas pelo abandono paterno. Para tal, é intrínseco que a Mídia, entidade responsável por disseminar informações, mediante o incentivo fiscal do Governo Federal, elaborar campanhas informativas, as quais devem ser didáticas e informativas e de fácil entendimento, sobre a importância da presença paterna na vida da criança para a sociedade, de modo a formar um paradigma comportamental da importância da responsabilidade afetiva paternal no Brasil. Outrossim, o Ministério da Saúde, com suporte do Ministério da Educação, deve implementar palestras mensais de psicólogos em escolas conscientizando as famílias a respeito das complicações causadas pelo abandono paterno, a fim de diminuir os problemas causados pelo descaso paternal. Só assim, a expressão “Banalidade do Mal”, não será mais uma realidade na conjuntura brasileira.
Andressa Rezende
Olá!
Tudo bem?
Quero já ressaltar que não sou profissional em correções de redações.
Achei sua redação de acordo com a estrutura que o Enem pede, com repertórios, argumentação e conectivos, porem, evidencia-se alguns erros gramaticas, como na linha 2 do D2. Fora isso, tudo certo na minha opinião. Nota 1000.
Espero ter ajudado!
Nayana Suellen
Olá! =)
Primeiramente, gostaria de salientar que não sou profissional na área. Portanto, perdoe-me qualquer equivoco que cometer na correção da sua redação.
Correções:
“aS mães” – linha 5, introdução.
“NAS crianças” – linha 5, introdução.
Considerações:
Gostei da sua introdução, mas senti falta de uma forma de comparação mais elaborada, pois você saiu do repertório direto pra apresentação dos seus argumentos.
Gostei do seu primeiro período do D1, só achei um pouco confuso por ter detalhado mais nele do que na introdução.
Use conectivos para ligar cada período do texto.
Dicas:
Usar sinônimos das palavras que usou na introdução para retomar nos desenvolvimentos.
Cite uma consequência do argumento no final do D1, para dar um ar mais critico à sua redação como você usou do D2. Acredito que o ideal para finalizar o D2 não seja apontar uma consequência grande. Use algo como “Dessa forma, enquanto as autoridades forem inertes ao problema mais pessoas sofrerão com (problema) no Brasil” (Pode adaptar como quiser).
Varie os termos usados como no caso de “infantes”.
Não use “Só assim” no final das redações, porque você não tem como prever que isso será efetivo no processo de erradicação do problema. Ao invés disso, use Quiçá, nessa via”.
Observação:
Todos os conselhos que dei aqui de trocas de palavras partiu de como eu escrevo, você pode adaptar ao seu modo de escrita.
Notas:
C1: 160
C2: 200
C3: 200
C4: 120
C5: 200
Total: 880
Alixo
Oi, Nayara! Na linha 5 da introdução se refere a Elizabeth Harmon, sendo ela a “criança”.
Valeu, pela sugestão de conclusão para o D2, tenho muita dificuldade em concluir os desenvolvimentos .
Na proposta de intervenção, ao invés de “Só assim”, eu posso usar “Por fim”?
Valeu pela contribuição.
Nayana Suellen
Na linha 5 foi um erro de concordância (singular e plural).
Acredito que sim, Alixo!
De nada =)
Alixo
Ah, sim foi mesmo. Pensei que era sobre “[…]trauma gerado na criança”. Eu confundi kkk