Normalização e padronização da loucura ao longo dos séculos

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Normalidade é o termo usado para caracterizar um estado padrão sob um ponto de vista, ou seja, tudo o que é considerado correto e normal na perspectiva social. Essa definição é muito discutida e analisada no comportamento dos seres humanos desde a Era Cartesiana, onde o foco principal era a loucura associada a insanidade humana, já que a época em si destacava-se pela racionalidade. Dessa forma, destaca-se a necessidade em explicar os comportamentos humanos e relacioná-los a algum padrão social.

Primeiramente, é comum uma sociedade moldar o que é e não é aceito e a loucura, ao longo dos séculos, foi posta de fora dos padrões. Isso está evidente há séculos, pois pessoas eram expostas a tratamentos, como terapias de lobotomia e banhos de água fria e quente, com o objetivo de curar essa “doença” e restituir a normalidade na sociedade. Nesse viés, o documentário Holocausto Brasileiro, relata a maior tragédia silenciosa presente no Brasil, a morte de mais de 60 mil pessoas numa instituição psiquiátrica na cidade de Barbacena – MG, por oferecimento de tratamentos desumanos aos pacientes com o intuito de curar a “doença” da loucura. Enfim, verificamos a inevitabilidade do ser humano em discutir, entender e padronizar a loucura como um comportamento insano e contraditório aos padrões sociais criados.

O fato em questão, revela a associação da loucura com os comportamentos humanos. Essa ideia de conectividade da loucura com a humanidade gera, na maioria das vezes, pela sociedade o seguinte questionamento: O que seria uma pessoa louca? Segundo Michel Foucault, a loucura foi analisada de diversas maneiras – Na Idade Média era vista como um erro, uma falha da razão; Na Idade Moderna exalta-se a racionalidade e os loucos tornam-se um sinal de contradição a esse meio, não sendo mais um erro, mas uma ameaça a razão; Na idade Contemporânea não é mais um problema da sociedade, mas um problema puramente científico – e assim, ao longo dos séculos, a loucura foi considerada perigosa e contagiosa. Logo, um ser louco é caracterizado como insensato ou diferente, fora dos padrões impostos, e está interligado com os estereótipos em torno da loucura – a doença que deveria ser curada.

Infere-se, portanto, a necessidade de mudar os pensamentos e quebrar os tabus criados em torno da dita loucura. Para isso, é imprescindível que o Ministério das Comunicações, por intermédio de mídias, como redes sociais e televisão, desenvolvam propagandas online e debates informativos entre profissionais da psicanálise, a fim de desmistificar, naturalizar e quebrar os moldes impostos ao termo muitas vezes generalizado para designar alguém diferente dos padrões sociais. Assim, consolidando uma sociedade que rompe com o cogito cartesiano e a padronização incubada e moldada por séculos sob a loucura.

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3 Correções

  1. Acho que a tese não ficou muito clara.
    Alguns períodos muito longos e cansativos, os argumentos estão bons e a conclusão também, mas percebi que em momentos eles pareceram muito “amontoados” e difíceis de identificar, o negócio é treinar mesmo, mas você está no caminho certo!
    Espero ter ajudado :))

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  2. Adorei, n vi muitos erros, acho q no 2 desenvolvimento podia abordar um pouco mais a suas ideias, além a contextualização.
    Também aconselho a separar melhor seu arg 1 e 2 pois, para mim, ficou um pouco complicado de entender e separa-los, não os identifiquei bem… acredito q melhore tb na organização, assim fica mais facil de saber quais são
    Conclusão possui todos os elementos
    está em um otimo caminho
    comp
    1 160/180
    2 140/160, apresentou areas do conhecimento, foram muito boas, mas precisa organizar melhor para ser mais valiosas ao texto
    3 100 motivos la em cima kk
    4 120
    5 200
    espero ter ajudado ;)

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  3. Primeiramente, você contextualizou o tema, porém, cadê a tese? E as duas teses?
    “Isso está evidente há séculos” não é uma conjunção. Você poderia usar “ademais, isso está evidente há séculos”. No geral, o d1 e d2 estão ótimos, coerência, não apresenta tangenciamento do tema. Só acho que você deveria organizá-los mais.
    E O PRINCIPAL, use conectivos, são eles que dão coerência ao seu texto, sentido.
    A sua conclusão também apresenta os 4 meios para a intervenção.
    Enfim, você argumenta bem, só precisa estudar um pouco a introdução e conectivos.
    Espero ter ajudado :)

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