Nomofobia no Brasil – (Vício em Smartphones)

A Constituição Federal de 1988 prevê o direito à saúde aos brasileiros. Todavia, nem sempre tal garantia é efetivada no Brasil, onde não só a desinformação mas também a falta de ações educativas causam a nomofobia no público infantojuvenil. Logo é válido discutir a problemática.

Diante desse cenário, cabe ressaltar a falta de informação como fator do problema. Nesse sentido, Thomas Hobbes defende ser função do Estado garantir o bem-estar social. Entretanto, ao não informar a população sobre os malefícios do uso exacerbado do aparelho celular, o Estado brasileiro vai contra a defesa do filósofo, visto que a população desinformada pode se viciar nessa ferramenta. Em decorrência disso, esses usuários podem desenvolver transtornos mentais, como ansiedade. Assim, é preciso informar a sociedade sobre tais perigos.

Ademais, a falta de ensino sobre a correta utilização de celulares representa outro agravante. Sob essa ótica, o filósofo Arthur Schopenhauer diz que os limites do campo de visão de um homem determinam sua forma de ver o mundo. Por conseguinte, quando escolas não ensinam jovens a utilizar adequadamente seus “smartphones”, esse corpo social pode desenvolver uma visão supérflua desse recurso tecnológico. Consequentemente, tal público pode utilizá-lo para acessar pornografia, games e redes sociais — produtos viciantes — exaustivamente, dificultando seu uso saudável. Dessa forma, é necessário educar a sociedade acerca da correta utilização desse recurso.

Portanto, é imprescindível superar as causas dessa situação. Nesse viés, cabe ao Governo Federal veicular, por meio de mídias sociais e TV, vinhetas audiovisuais informativas sobre os perigos da utilização exagerada de “smartphones” — bem como de modelos antigos de telefones pessoais ainda utilizados —, a fim de mitigar a nomofobia. Paralelamente, o Ministério da Educação deve promover palestras em escolas de níveis fundamental e médio sobre a importância da moderação do uso do celular, com o fito de prevenir efeitos negativos decorrentes de seu uso inadequado. Desse modo, o Brasil facilitará o direito à saúde previsto em sua Carta Magna.