Mestre

Necessidade de equacionamento entre a manutenção identitária de uma comunidade, através da valorização do patrimônio cultural e histórico, de um lado, e as demandas turísticas exigidas pelo processo de desenvolvimento, do outro, apresentando, em seus argumentos, propostas que contribuam para esse equilíbrio, possibilitando, assim, desenvolvimento turístico e preservação da cultura local.

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   A preservação do patrimônio histórico é de grande importância, uma vez que mostra a história do corpo social como um todo, sendo, portanto, de elevado significado o turismo nesses locais e com itens taxados como patrimônio imaterial. Entretanto, por vezes, essa disseminação de conhecimento e cultura é tratado como um produto a ser consumido em uma verdadeira sociedade do espetáculo, o que retira, de certo modo, o valor identitário que tais patrimônios possuem. Nesse sentido, é necessário pensar em propostas para que exista um equilíbrio entre o turismo e a manutenção identitária de uma comunidade.

   Em primeira análise, no hodierno brasileiro vive-se com uma sociedade que rotula tudo, ou quase tudo, como verdadeiros produtos a serem consumidos. Nesse viés, como afirma o sociólogo Guy Debord, esse corpo social é, portanto, uma “sociedade do espetáculo”, a qual tudo precisa ser comprado e divulgado para os outros admirarem. Desse modo, não ocorre de maneira diferente com o turismo brasileiro, pois esse foi transformado em um consumo cultural, o que, infelizmente, afeta o verdadeiro significado que os patrimônios históricos possuem. Com isso, é preciso que um turismo consciente pautado em uma visão avessa a de um produto seja posto para o social, sendo isso feito com uma parceria público-privada entre o Governo Federal e os canais midiáticos.

   Em segunda análise, a “sociedade do espetáculo” precisa visualizar o turismo de um outro modo. Nesse sentido, o livro “Ensaio sobre a cegueira”, de José Saramago, retrata sobre um corpo social que adquire uma cegueira branca, a qual não somente os torna cegos como também egoístas, com pensamento voltado somente para si. Sob esse viés, os atores sociais da atualidade assemelham-se com a sociedade de Saramago à medida que não visualizam a verdadeira importância que os patrimônios culturais e históricos carregam para toda uma identidade de uma população, mas o veem como produtos. Assim sendo, urge uma alteração desse pensamento para que exista uma melhor e maior valorização desses âmbitos como verdadeiros marcos para a Histórica.

   Destarte, para ter um equilíbrio entre a manutenção identitária de uma comunidade e o turismo é importante que esse seja feito de forma consciente e que o pensamento social seja modificado. Com isso, o corpo brasileiro do hodierno deixará de ser uma “sociedade do espetáculo” e a cegueira branca não será mais uma analogia a esses atores sociais.

Ps.: Não é modelo ENEM, trata-se de uma redação do vestibular da UNEB de 2015, então não precisa de uma proposta de intervenção como a do ENEM.

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1 Correção

  1. Olá, eu sou estudante também, mas vou corrigir de acordo com meus conhecimentos, ok!?

    Não sou especialista no modelo de redação da UNEB, mas dei uma lida sobre o assunto.

    O primeiro parágrafo está ótimo, a linguagem está adequada à língua portuguesa e apresenta o assunto que será abordado de maneira clara e objetiva.

    Nos parágrafos de desenvolvimento você desenvolve bem seus argumentos e sua opinião, e os repertórios ficaram excelentes e bem produtivos.

    Observei que você usa, ao longo de todo o texto, orações intercaladas e faz inversão das estruturas sintáticas. Achei interessante porque você adequa as vírgulas e as coloca nos lugares corretos, porém, em excesso, essas inversões podem prejudicar a compreensão.
    Na rua redação não houve prejuízo à compreensão, mas pode-se utilizar uma linguagem mais simples.

    O fechamento no final da redação ficou excelente.

    Não encontrei problemas no seu texto, provavelmente ganharia a pontuação máxima.

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