Movimentos anti-vacina e o reaparecimento de epidemias erradicadas no Brasil.

Na idade média, uma das maiores preocupações que transparecia-se desde os mais pobres camponeses até os mais abastados nobres era o perigo iminente da peste negra que deu fim a fida de milhares de europeus. Nos tempos hodiernos, apesar de todos os métodos de imunização vigentes, corremos o risco do reaparecimento de doenças tão maléficas quanto a temida peste. Sendo, entretanto, os disseminadores da doença os mesmos que disseminam a ignorância que define o zeitgeist da nossa contemporaneidade

Apesar da constante e infinda caminhada humana rumo ao conhecimento e a razão, nunca a mentira teve tanta força. Diversos desconhecedores da realidade acerca das vacinas, hoje, com autoridade meramente inexistente, embora transparente, atacam ferrenhamente a imunização afirmando os males que supostamente elas causam a saúde do indivíduo e assim, privam inclusive os seus próprios filhos de a receberem e, com isso, inspiram inocentes e desinformados a seguirem os seus passos rumo a total contaminação de um povo.

Em adição, as adversidades que certos cidadãos ainda hoje tem de lidam dificulta a prevenção da contração de doenças. Habitantes de zonas rurais e periféricas ainda sofrem com a falta de postos de saúde e com a distância que eles tem de percorrer se desejarem a vacinação em decorrência do fato anterior. Ademais, a falta de profissionais competentes nos centros de saúde populares contribui para essa situação.

As atitudes governamentais devem ser urgentes e incisivas. Devem-se promover palestras em escolas públicas sobre ‘fake news’ acerca de assuntos relacionados a saúde pública, prover às comunidades afastadas remessas de vacinas que sejam condizentes com a população local, tendo, com isso, apoio do IBGE. Em fim, é necessária a desmoralização popular de farsas contra a ciência e a medicina, pois como dizia Camille Flammarion: “Nós não nos arrazoamos com palavras, mas com fatos”