Mobilidade urbana no século XXI: o ir e vir em questão na sociedade brasileira

Atendendo as necessidades do homem moderno, no ano de 1886 o primeiro automóvel da história, chamado de “veículo com motor a gás” era patenteado por Karl Benz. Sendo assim, essa nova forma de locomoção apresentou um marco na mobilidade facilitada. Visto que, a necessidade de ir e vir populacional e a extrema demanda advinda da urbanização das grandes cidades, se faz então os percalços das migrações internas.

Dessa maneira, associando o processo de urbanização acelerada a demanda de veículos por habitantes, que em algumas cidades, por exemplo, da grande São Paulo chega a ser de 7,4 veículos a cada 10 habitantes, de acordo com a companhia de engenharia de tráfego (CET), problemas urbanos se tornam comuns. De certo, a preferência pela utilização de automóveis é responsável pela grande parte da poluição nos centros urbanos.

Devido à alta concentração de melhores oportunidades nas metrópoles, contudo, os custos de vida em regiões como essas se tornam altos, a segregação urbana se faz presente em todo o país. Exemplificada de tal maneira, na qual cerca de 107 milhões de pessoas vivem em conglomerados urbanos — áreas formadas por um conjunto de municípios— de acordo com o IBGE. Dessa forma, migrações diárias entre cidades, feitas por estudantes e trabalhadores, utilizando transportes públicos e indivíduas, de modo a ir e vir de seus locais de moradia faz-se cada vez mais presente.

O descaso do poder público refletido na má qualidade dos transportes públicos, faz com que a população opte pela escolha de transportes individuais. Portanto, faz-se então necessário o investimento em fontes de transporte alternativo de modo a baratearem os custos e reduzirem a poluição causada pelo uso de transportes emissores de CO₂ na atmosfera. Bem como, atrelado ao investimento de verbas do governo na infraestrutura dos transportes coletivos, assegurando o direito de ir e vir e elevando a qualidade de vida de cada cidadão.