MOBILIDADE URBANA NO SÉCULO XXI

A Constituição Federal atual, promulgada em outubro de 1988, estabelece direitos básicos aos cidadãos, como o direito de ir e vir. Entretanto, embora seja constitucional, a capacidade de deslocamento das pessoas, cargas e serviços no perímetro urbano encontra-se prejudicada. Nessa perspectiva, não há dúvidas de que essa temática é um desafio para o Brasil hodierno, o qual é intensificado pela desvalorização dos transportes alternativos e ausência de incentivo à modificação de hábitos do corpo social em relação ao deslocamento.

A priori, um dos fatores que dificultam a locomobilidade nas cidades é o sucateamento e não investimento em transportes alternativos, por exemplo, o transporte coletivo e as bicicletas. Por esse prisma, surge a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), proposta criada para reduzir os impactos ambientais, sociais e econômicos por intermédio de ações como a melhoria dos transportes coletivos e a adição de ciclovias. Todavia, os municípios não se adequaram à norma, condescendendo com a continuidade da problemática e contribuindo para a má qualidade de vida dos cidadãos, sobretudo, no aspecto biopsicossocial.

Ademais, à insuficiência de campanhas que fomentem hábitos conscientes em relação à locomobilidade urbana é um entrave que impede a transformação desse cenário caótico. Nesse viés, o pensador Maxwell Salgado, afirma que, enquanto as alternativas de deslocamento urbano beneficiarem os carros, o trânsito não irá melhorar, evidenciando a necessidade de modificação dos costumes. Conquanto, a carência de incentivo para a população optar por caronas, utilizar bicicletas e transporte públicos no dia a dia, bem como as empresas serem mais flexíveis quanto ao horário de entrada e saída, impedem a superação desse obstáculo na coletividade.

Infere-se, portanto, que a mobilidade urbana no século XXI apresenta várias falhas e empecilhos. Nesse sentido, para que o direito constitucional do artigo quinto seja realidade, urge que o Governo Federal e os estados, fiscalizem a execução das medidas exigidas pela PNMU nos municípios do país. Paralelamente, as prefeituras devem criar campanhas de incentivo ao uso de alternativas para melhorar o deslocamento, por meio de cartazes colocados em locais estratégicos das cidades, com a publicidade nas rádios e redes sociais. Adicionalmente, e para conseguir o engajamento, deve propor que as pessoas tirem fotos da mudança de hábito e postem. Objetivando possibilitar uma melhor mobilidade urbana e qualidade de vida.

ATRIBUAM NOTA POR COMPETÊNCIA ;) VALEUUUU!!!