Mentira: Doença, Problema Moral, Necessidade ou Brincadeira?

No filme “A mentira”, a protagonista inventa histórias para mudar seu status social de “nerd” na escola, porém vários boatos surgem a partir dessas mentiras, e ela passa a ser mal vista por todos que a cercam. Paralelo ao filme, a mentira sempre esteve presente na humanidade, e o uso excessivo da mesma possui muitos fatores, como o hábito de uma personalidade narcisista e a prática que surgiu de forma involuntária e se fortificou com o tempo.

Primeiramente, vale salientar que o uso da mentira pode evoluir igual a uma doença: primeiro, o indivíduo mente sobre assuntos que na visão dele não são tão prejudiciais, depois a mentira se torna um aliado em diversas situações que convém ao indivíduo, tanto para autobenefício, tanto para servir como um escudo; a questão do autobenefício é retratada no filme “Prenda-me se for capaz”, onde o protagonista aplica golpes com a sua habilidade de mentir.

Outrossim, embora seja altamente prejudicial em qualquer âmbito social, o uso dela como necessidade também existe, e seu uso com essa finalidade na maioria das vezes não é percebido, pois acontece de uma forma involuntária, como quando mente-se para não magoar alguém ou para esconder um sentimento, contudo vale ressaltar que dependendo da proporção, as consequências podem vir piores.

Portanto, compete ao Ministério da Educação divulgar informações acerca das consequências da mentira e de como ela afeta as pessoas, por meio de propagandas e a abordagem clara desse assunto na matéria Ética e Cidadania nas escolas; E ao Ministério da Saúde divulgar por meio da mídia, como identificar a mentira patológica. Com isso, a reflexão acerca da mentira torna-se coletiva.