Mentes a todo vapor

Tema: Energia e sustentabilidade no Brasil: desafios na diversificação da matriz energética

Mais uma década se passou, mostrando suas próprias demandas de adequação e inovação à tecnologia, não sendo diferente o setor energético. Em 1777, o engenheiro inglês James Watt desenvolver o motor a vapor mais eficaz da época, esse funcionando em ciclos de reabastecimento. Analogamente, mostra que é fundamental a criação de ciclos de sustentação das engenhosidades humanas, sendo possível com a promoção do conhecimento e incentivos aos empreendimentos privados. Para que assim o Brasil se torne uma referência em sustentabilidade e diversidade em ciência e meio ambiente.

Segundo o PISA 2018 -Programa Internacional de Avaliação de Estudantes-, o Brasil caiu no “ranking” de desempenho de matemática e ciências, figurando nos últimos lugares. Indubitavelmente mostra-se a decadência no ensino nacional, evidenciando o descaso das autoridades quanto à qualidade do aprendizado dos nossos jovens. Outrossim, que agrava a situação, é a mentalidade popular enraizada, de que conhecimento é dispensável, com ressalva dos que trazem benefícios imediatos, contrariando assim, a história das grandes invenções, em que há uma grande lacuna entre a observação de um fenômeno e a colheita dos frutos em aplicações é quase uma máxima. Por conseguinte, obras de infraestrutura energética sofrem um retardamento em sua evolução – não se tornando mais baratas e limpas.

Além disso, no contexto brasileiro, persevera os monopólios das estatais de matriz energética e de exploração de petróleo, bem como de distribuição e beneficiamento. Como lembra a escritora Ayn Rand: “Você pode ignorar a realidade, mas não pode ignorar as consequências de ignorar a realidade.”. Visto que o Estado, com sua tributação, burocracia e regulamentação, desestimula o surgimento de pesquisas e empreendimentos que poderiam culminar em um número crescentes de projetos independentes às empresas públicas do ramo. Ao negligenciar os ganhos dessas alternativas descentralizadas –diversificadas-; perde-se o potencial de se pôr em prática iniciativas que utilizam fontes renováveis e que entregariam produtos e serviços com padrões cada vez mais elevados, trazendo equilíbrio, ao atender à demanda dos consumidores e ambientais.

Dessa forma, com o efeito de criar ciclos virtuosos nessa repartição econômica, é imperioso a formação de uma coalizão entre órgãos do governo. O Ministério da Educação, necessita criar um plano de ação vigoroso, em que se formará um conselho permanente de educadores extremante qualificados e renomados, exigindo o cumprimento de metas quinquenais do ensino público básico ao superior. Também, o Ministério de Minas e Energia deve propor ao Legislativo a revogação de leis que protegem os oligopólios ainda existentes da área. Então, com essa constante, a nação será movida agora por mentes e não só pela água.