Meios para superar o analfabetismo funcional no Brasil

A educação que foi desenvolvida no Brasil durante os três séculos de colonização, era restrita, inicialmente, a alguns filhos de colonos e a índios aldeados.Em virtude disso, serviu de respaldo para o número gradativo de analfabetos no Brasil hodierno.Por essa razão, a sociedade encontra entraves no que se refere aos meios para superar o analfabetismo funcional.Tal problema de educação, necessita ser minimizado, ora pelo suporte ao ensino de qualidade, ora pelo incentivo ao regresso às instituições de ensino.

Em primeira análise, vale salientar que a escolaridade é o principal fator explicativo para o nível de alfabetização, uma vez que,quanto mais alta e o grau de uma pessoa, maiores habilidades ela demonstra em lidar com a língua. Entretanto, ir a escola nem sempre é um sinal de um alfabetismo proficiente, posto que, na escassez de um ensino de qualidade, o indivíduo depara-se com barreiras, no que tange ao desenvolvimento do intelecto e ao aletramento. Para Paulo Freire, educador brasileiro, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Seguindo essa linha de pensamento, fica claro que a chave para retificar a analfabetismo funcional é o ensino de excelência.

Outrossim, é pertinente destacar também que a sociedade brasileira atual, vive resquícios de uma época marcada pelo trabalho infantil, no qual, crianças e jovens abandonavam a escola mais cedo com o propósito de trabalhar para o sustento familiar. Como desdobramento, a população adulta encontra-se incapaz de compreender textos simples e resolver operações básicas. Segundo pesquisa feita pelo INAF ( indicador de analfabetismo funcional) mostrou que cerca de 30% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são analfabetos funcionais. Sob esse viés, é evidente que o analfabetismo rudimentar esta intimamente ligado ao afastamento das redes de ensino.

Destarte, cabe ao Ministério da Educação em uníssono com o Governo Federal, impelir o ensino de qualidade, principalmente em áreas precárias, por intermédio da produção de materiais atualizados e disponíveis de forma gratuita, com o fito de além de promover o acesso à todos, como dita Paulo freire, a educação seja progressivamente transformadora da sociedade.  Ademais, é pertinente ainda que o MEC em parceria com o INEP, promova o incentivo ao regresso às instituições de ensino, mediante a preparação de educadores para esse grupo, e o aumento de vagas ofertadas no ensino EJA, com o intuito de mitigar o analfabetismo funcional.