Meio ambiente

Um meio ambiente ecologicamente equilibrado é um dos direitos da chamada terceira dimensão dos direitos humanos, e é dever do Estado e da sociedade efetivar medidas que garantam um ambiente sustentável. Entretanto, devido aos projetos de infraestrutura e planos de desenvolvimento econômico da sociedade moderna, práticas como a poluição e, sobretudo, o consumo e descarte inadequado de produtos industriais ameaçam a manutenção de um ambiente equilibrado, afetando a qualidade de vida da população.

Segundo dados da ONU Meio Ambiente, a poluição da natureza é responsável, anualmente, por quase um quarto – ou 12,6 milhões – de todas as mortes de seres humanos. Isso acontece em virtude da falta de políticas ambientais adequadas que promovam a educação da população no que se refere à forma de consumir e descartar materiais que possam degradar o meio ambiente. Adotar como transporte meios de locomoção ecologicamente sustentáveis ao invés de se utilizar de automóvel individual, ou coletivo, é um exemplo para contribuir com o aumento do nível de sustentabilidade, já que corrobora a redução da emissão do dióxido de carbono, um dos principais vetores da poluição e degradação atmosférica.

No entanto, em decorrência de fatores como a globalização e a propaganda midiática do consumo, as pessoas tornam-se inconscientes do seu entorno e buscam, cada vez menos, alterar modos e hábitos de vivência. O consumo exacerbado de aparelhos tecnológicos, por exemplo, como celulares e computadores e o descarte incorreto deles, provoca o desmantelamento da estrutura ecológico-ambiental. Já dizia o filósofo alemão, Immanuel Kant, que o ser humano é aquilo que a educação faz dele, portanto, é imprescindível o investimento do poder público nas instituições de ensino, uma vez que a oferta de uma grade curricular que estimule a preservação ambiental é uma das formas de promover mudanças no contexto de descaso o qual se vivencia atualmente.

A Constituição Federal, de 1988, detém como um de seus objetivos fundamentais promover o desenvolvimento nacional. Todavia, para garantir tal prerrogativa, é necessário o aprimoramento e fundamentação por parte do poder legislativo de leis específicas voltadas ao trato do interesse e desenvolvimento ambiental. Ademais, especialistas e poder público devem se unir no sentido de elucidar a questão, com o intuito de propiciar alternativas viáveis como o melhor trato de produtos recicláveis, uma melhor capacitação dos profissionais da área ambiental e, também, o combate às ações de exploração econômica. E, também, Ministério do Meio Ambiente juntamente a entidades filantrópicas deve fornecer programas de engajamento, incluindo um contingente significativo de indivíduos na luta contra o descaso social, visando à qualidade de vida da sociedade contemporânea.