Maus tratos aos animais no Brasil

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Desafios para combater os maus tratos aos animais no Brasil

O antropocentrismo colocou o ser humano no centro do mundo e, com isso, uma visão cada vez mais egocêntrica foi se consolidando, tornando parte dos demais seres vivos meios de lazer, exploração e fonte de riquezas. Nesse contexto, os maus tratos aos animais, infelizmente, estão presentes na sociedade brasileira e devem ser vistos de forma bidimensional, isto é, reconhecer as condições tanto dos animais silvestres quanto dos animais domésticos.

Em primeira análise, vale salientar que a constante exploração das florestas brasileiras coloca em risco a vida silvestre, haja vista que quando hectares de vegetação são derrubados para dar espaço a plantação de produtos destinados à exportação, não é motivo de preocupação a existência dos moradores de tais habitats, assim como a caça negligenciada, pelo Estado, inibe a preservação das espécies de animais ameaçados de extinção. Entretanto, de acordo com a Constituição Federal, é dever do Estado proteger a fauna e coloca-la a salva de toda forma que ponha em risco seu funcionamento ecologicamente equilibrado. Contudo, o que é previsto em lei não se efetiva devido aos altos lucros obtidos com o apelo à vida dos animais.

Por outra parte, destaca-se as condições precárias as quais os animais domésticos, em sua grande parte, são submetidos. A banalidade do mal descrita pela filósofa Hannah Arendt, que se refere a maldade naturalizada e praticada de forma fria por indivíduos que agem de acordo com os demais indivíduos, é, claramente, vista na sociedade brasileira em relação aos animais, a prática de maus tratos aos animais domésticos torna-se comum em determinados espaços por se tratar de uma ação coletivizada, por vezes, irracional e negligenciada e que não necessita de uma contestação profunda. Por isso, o desleixo é visto como um tratamento adequado aos cães e gatos, a violência física é vista como forma de educar e o abandono como meio de se livrar de algo que não é mais atrativo, parte de uma banalidade transformada em cultura.

Portanto, reconhecidos os fatores que levam a esse cenário nefasto, torna-se mister a elaboração de estratégias que visem contorná-lo. Logo, caberá a sociedade civil e Estado apoiarem e incentivarem as Organizações Não Governamentais (ONGs) voltadas às causas animais, por meio de campanhas nas redes sociais ou doações, com o intuito de fortalecer esses grupos que atuam em prol do respeito pela vida dos animais. Dessa forma, a causa animal se aproximará de mais indivíduos e o antropocentrismo místico não colocará em risco a coexistência entre todos os seres vivos.

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2 Correções

  1. Parabéns!!! Muito bem escrito o texto. Vou fazer uma correção por parágrafos e por fim atribuo uma nota, pode ser? Não sou especialista nem nada, mas espero ajudar como puder. =)

    INTRODUÇÃO
    -começou trazendo uma citação histórica, o que é muito bom
    -utilize-se da figura de linguagem zeugma, a fim de evitar a repitação de palavras: “tanto dos animais silvestres quanto dos animais domésticos.” –> “tanto dos animais silvestres, quanto dos domésticos.
    -evite o uso de gerúndio (ação em ocorrência)

    D1
    -ausência de crase: “para dar espaço à plantação de produtos…” e “à salva”
    -sem erros de pontuação
    -parágrafo bem estruturado e coerente, porém sua argumentação, em citar como dever do Estado proteger a fauna acabou se enquadrando em senso comum (clichê), senti falta de alguma citação de autoridade que comprovasse a veracidade das suas informações

    D2
    -ocorreu um erro de concordância, além da ausência da crase: “destaca-se as condições precárias as quais os animais domésticos…” –> “destacam-se as condições precárias às quais os animais domésticos…”
    -outro erro de concordância, além da ausência de vírgulas: “a banalidado do mal descrita pela filósofa Hannah Arendt, …” –> “A banalidade do mal, descrito pela filósofa Hannah Arendt, …”
    -repetição seguida de palavra: “…por indivíduos que agem de acordo com os demais indivíduos…” e “… em relação aos animais, a prática de maus tratos aos animais…”

    CONCLUSÃO
    *dica, evite o uso do mister (além de hodiernamente), li em um site uma entrevista com alguns corretores do enem e eles detestam esses termos, fiquei passada kkkk.
    -o que: apoiarem e incentivarem as Organizações Não Governamentais (ONGs) voltadas às causas animais
    -como: por meio de campanhas nas redes sociais ou doações
    -quem: sociedade civil e Estado
    -pra que: fortalecer esses grupos que atuam em prol do respeito pela vida dos animais
    -detalhamento: ?
    -ausência de crase: “à sociedade civil”
    -retomada à introdução, o que reforçou sua conclusão

    C1: 140 (cuidado com a crase, repetição de palavras e a concordância)
    C2: 160 (D1 argumentado em senso comum, explore mais áreas do conhecimento)
    C3: 180 (argumentação forte, apenas a falha na D1)
    C4: 200 (muito bem organizado e coerente)
    C5: 180 (proposta criativa, mas faltou seu detalhamento)
    NOTA: 860

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  2. Olá ;;;;

    Bom texto.

    Alguns problemas no desenvolvimento. Um tanto quanto confuso, principalmente no D1, onde diferentes linhas de raciocínio se entrelaçam sem a pontuação adequada.
    ( Ao derrubar….. não é motivo …. assim como a ação não leva em consideração… ???? )

    Ao derrubar …. não levam em consideração nem ( x ) nem ( y ).

    C1 : 140
    C2 : 160
    C3 : 120
    C4 : 120
    C5 : 200

    NOTA : 740

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