Maus tratos aos animais domésticos no Brasil

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No filme “Marley e eu” é retratada a relação de afeto entre uma família e um cão, o qual era tratado com muita dedicação e cuidado. No entanto, fora da ficção, a realidade no Brasil é diferente, uma vez que os maus tratos aos animais é um problema evidente no país. Tal problema ocorre devido o despreparo dos donos bem como a negligência estatal com a temática. Diante disso, torna-se necessário a adoção de medidas para combater o problema.

Em primeira análise é válido salientar o despreparo dos futuros donos como um promotor do problema. O artigo 32, da Lei de Crimes Ambientais, caracteriza a falta de atendimento veterinário como crime de maus tratos aos animais. Essa medida retrata a realidade de muitos donos pois, ao adquirirem seus “pets”, não se atentam para os recursos demandados, como recursos financeiros para garantir atendimento médico de qualidade, por exemplo. Dessa forma, se o animal vier a desenvolver quaisquer doenças, os responsáveis não teriam condições de arcar com o tratamento, sujeitando o animal à situações precárias de saúde. Portanto, fica evidente a importância do acesso à cuidados animais no processo de sua criação.

Além disso, é importante destacar a negligência estatal como um outro fator que contribui com o problema. Sob essa ótica, o autor Zygmunt Bauman desenvolveu o conceito de “instituições zumbis”, segundo o qual, algumas instituições, dentre elas o Estado, não exerciam a sua devida função. Consoante a essa premissa, observa-se o desdém do Estado brasileiro, visto que a legislação do país garante que o Governo é responsável pelos animais no Brasil. Diante disso, é notório que o órgão estatal não realiza sua tarefa, evidenciado pelo crescimento de maus tratos aos animais, fomentado pela ausência de estratégias para solucionar o problema. Desse modo, torna-se essencial a proatividade estatal em adotar medidas eficientes que possam solucionar a problemática.

Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Dito isso, o Ministério do Meio Ambiente, juntamente com ONG’s de cuidados animais, devem garantir o acesso à saúde animal de qualidade por meio de programas sociais, que promovam parcerias com clínicas veterinárias que forneceriam serviços de atendimento aos “pets” das pessoas que se encontram em situação de baixa renda. Essas ações têm o objetivo de viabilizar a criação de animais domésticos por pessoas com um baixo poder financeiro, de modo que todos possam ter um animal de estimação. Logo, só assim pode-se diminuir os casos de maus tratos por déficit econômico e, consequentemente, a realidade retratada em “Marley e eu” poderá ser alcançada.

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3 Correções

  1. Olá,
    gostei da introdução. Você apresentou o problema e oq causa ele, deu motivos o suficiente para criar dois parágrafos de desenvolvimento. Muito bem, organize suas ideias.
    No primeiro desenvolvimento usou os conectivos certinho e falou bem sobre uma de suas ideias exibidas anteriormente na introdução. Sem falar no uso de leis, isso demostra que você tem conhecimento prévio sobre o assunto.
    No segundo desenvolvimento você também desenvolve bem sua ideias e ainda realiza uma citação, isso vai te dar bastante pontos.
    gostei bastante da conclusão, citou agentes do governo e ainda retomou no final algo que foi visto na introdução, fechando o texto muito bem. teve início, meio e fim.
    acredito que vc tira de 800 pra cima com o seu texto. Parabéns!

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  2. Olá, tudo bem?
    Irei corrigir sua redação com base nos critérios de uma proposta dissertativa argumentativa, certo?
    INTRODUÇÃO:
    —> Sua introdução está completa, apresenta um contexto, delimita tema, expõe a tese e encaminhamentos argumentativos. Muito bom!
    DESENVOLVIMENTO 1:
    —>Atente-se ao uso da virgula.
    -No fragmento:”Em primeira análise é válido salientar o despreparo dos futuros donos como um promotor do problema.”
    –O correto: “*Em primeira análise,* é válido salientar o despreparo dos futuros donos como um promotor do problema.”
    —>Cuidado com as informações incompletas, em: “os futuros donos”, automaticamente, surge a pergunta “donos de que?”. A resposta deve estar evidente no texto, certo?
    –Sugestão de reescrita: “Em primeira análise, é válido salientar o despreparo dos futuros donos *dos animais* como um promotor do problema.”
    — Sugiro que você altere a ordem de apresentação no desenvolvimento das informações e, com o auxílio de conectivos, que aliás você já utiliza corretamente, permita maior clareza à argumentação. Isso, porque há uma incompatibilidade nos argumentos, visto não ter recursos econômicos para criar animais, não significa, obrigatoriamente, que o dono dele seja despreparado. Entende?
    Entretanto, se seu argumento enfocar nos recursos econômicos, pode argumentar que a criação de um animal demanda, visando a saúde dele, capital para sua criação. Acredito que pode ser muito mais desempenhado (e você pode usar a alusão já abordada).
     DESENVOLVIMENTO 2:
    —> Só elogios para seu segundo desenvolvimento, incrível!
    -Agumentou, usou vertentes filosóficas, citou exemplos e ainda realizou encaminhamento para conclusão, sensacional!!
    CONCLUSÃO:
    —> Você acertou em observar que: é na conclusão que propostas de resolução são inseridas, é um grande passo. Assim como, utiliza os elementos para evitar que ela fique incompleta.
    SUGESTÃO DE REESCRITA:
    No filme “Marley e eu” é retratada a relação de afeto entre uma família e um cão, o qual era tratado com muita dedicação e cuidado. No entanto, fora da ficção, a realidade no Brasil é diferente, uma vez que o *maltrato*(concordância verbal) aos animais é um problema evidente no país. Tal problema ocorre devido a condição financeira dos donos, bem como a posição estatal diante da temática. Diante disso, torna-se *necessária* (concordância nominal) a adoção de medidas para combater o problema.
    Em primeira análise, é válido salientar a baixa aquisição financeira dos futuros donos dos animais como um promotor do problema. Isso, implica na resolução do impasse, uma vez que, ao adquirirem seus “pets”, muitos não se atentam aos recursos demandados para garantir atendimento médico de qualidade, por exemplo. Dessa forma, se o animal vier a desenvolver quaisquer doenças, os responsáveis não teriam condições de arcar com o tratamento, sujeitando o animal à situações precárias de saúde. Portanto, fica evidente a importância do acesso à cuidados animais no processo de sua criação,conforme o artigo 32, da Lei de Crimes Ambientais, a falta de atendimento veterinário é caracterizada como crime de maus tratos.
    Além disso, é importante destacar a negligência estatal como um outro fator que contribui com o problema. Sob essa ótica, o autor Zygmunt Bauman desenvolveu o conceito de “instituições zumbis”, segundo o qual, algumas instituições, dentre elas o Estado, não exerciam a sua devida função. Consoante a essa premissa, observa-se o desdém do Estado brasileiro, visto que a legislação do país garante que o Governo é responsável pelos animais no Brasil. Diante disso, é notório que o órgão estatal não realiza sua tarefa, evidenciado pelo crescimento de maus tratos aos animais, fomentado pela ausência de estratégias para solucionar o problema. Desse modo, torna-se essencial a proatividade estatal em adotar medidas eficientes que possam solucionar a problemática.
    Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Dito isso, o Ministério do Meio Ambiente, juntamente com ONG’s de cuidados animais, devem garantir o acesso à saúde animal de qualidade por meio de programas sociais, que promovam parcerias com clínicas veterinárias que forneceriam serviços de atendimento aos “pets” das pessoas que se encontram em situação de baixa renda. Essas ações têm o objetivo de viabilizar a criação de animais domésticos por pessoas com um baixo poder financeiro, de modo que todos possam ter um animal de estimação. Logo, só assim pode-se diminuir os casos de maus tratos por déficit econômico e, consequentemente, a realidade retratada em “Marley e eu” poderá ser alcançada.
    ESPERO TER CONTRIBUÍDO PARA SEU APRENDIZADO, BOA SORTE NOS ESTUDOS!
    :)

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  3. Muito bom! No entanto, no primeiro paragrafo, não conectou bem o 3o período. Poderia ser, por exemplo: “No entanto, fora da ficção, a realidade no Brasil é diferente, uma vez que, seja pelo ( ARGUMENTO 1) ou seja pela( ARGUMENTO 2), os maus tratos aos animais é um problema evidente no país. “
    Creio que, nos critérios do enem, tú ficarias com uns 900.

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