Marginalização das pessoas em situação de rua (Avaliar com nota ENEM)

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A obra “Os Miseráveis”, de Victor Hugo, descreve a injustiça social da França do século XIX. Fora da ficção, no Brasil do século XXI, percebe-se um contexto semelhante ao da trama: a injustiça impera no que tange à marginalização das pessoas em situação de rua, criando, na verdade, um problema que carece de denúncia e intervenção. Diante disso, percebe-se a configuração de um grave problema de contornos específicos, em virtude da insuficiência legislativa e do sentimento de superioridade.

A princípio, o não cumprimento da lei caracteriza-se como um complexo dificultador. Maquiavel defendeu que “Mesmo as leis bem ordenadas são imponentes diante dos costumes”. A perspectiva do filósofo aponta para uma falha muito comum das sociedades: acreditar que a criação de uma lei em si pode resolver problemas complexos, como a marginalização dos moradores de rua. Assim, o que verifica-se é uma insuficiência da legislação, se esta não vier atrelada à políticas públicas que ajam na base cultural do problema, dificultando sua resolução.

Outrossim, a sensação de superioridade ainda é um impasse para a resolução da problemática. A Teoria da Eugenia, cunhada no século XIX e utilizada como base do Nazismo, defende o controle social por meio da seleção de aspectos considerados melhores. De acordo com essa perspectiva, portanto, haveria seres humanos superiores, a depender de suas características. No contexto brasileiro atual, a noção eugênica de superioridade pode ser percebida na questão das pessoas em situação de rua, cuja base é uma forte discriminação.

Portanto, medidas são necessárias para alterar esse cenário. Para que isso ocorra, é necessário que as famílias, em parceria com a liderança dos bairros, exijam do poder público o cumprimento do direito constitucional de proteção à essas vítimas, por meio da produção de ofícios e cartas de reclamação coletivos,  com a descrição de relatos de pessoas da comunidade que sofrem com esse problema, a serem entregues nas prefeituras, para que os princípios constitucionais sejam cumpridos. A partir dessas ações, espera-se promover a construção de um Brasil melhor.

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2 Correções

  1. 1. Domínio da escrita formal da língua portuguesa = 160
    2. Compreender o tema e não fugir do que é proposto = 160
    3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista = 200
    4. Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação = 160
    5. Proposta de intervenção = 200
    Total = 880

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  2. Avaliação
    Competência 1 – Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.
    Sua nota: 180
    Competência 2 – Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
    Sua nota: 200
    Competência 3 – Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
    Sua nota: 200
    Competência 4 – Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
    Sua nota: 180
    Competência 5 – Elaborar proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.
    Sua nota: 200
    Nota Total: 960

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