Marcha à ré do desenvolvimento.

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CARRO: CAUSA OU CONSEQUÊNCIA DOS PROBLEMAS DE MOBILIDADE?

 Juscelino Kubitschek, presidente do Brasil na década de cinquenta, desenvolveu grandes projetos no modal rodoviário, sobretudo, garantiu a difusão dos automóveis particulares  por todo o país. Todavia, no contexto hodierno, o uso dos carros tem agravado a situação da mobilidade urbana brasileira, na qual, o problema é possibilitado pela noção de status colocado pelas pessoas que possuem carro, além da má condição do transporte público. Destarde, faz-se crucial a análise dos fatores que potencializam esse entrave na sociedade.

 A princípio, é válido ressaltar o status proporcionado pela posse de um carro, no Brasil, comumente associado à ideia de riqueza, luxo e poder. Vários Indivíduos pagam muito dinheiro e, posteriormente, precisam lidar com a cara manutenção do automóvel, o que resulta em dívidas. Paralelo a isso, a frota massiva de carros cresce e favorece os intensos congestionamentos. Na cidade de São Paulo, por exemplo, diariamente o engarrafamento estende-se por várias centenas de metros, tal fato estabelece a rotina de vida dos cidadãos tomada por imprevistos e estresses devido ao status do carro particular.

 Outrossim, é oportuno salientar a ineficiente disponibilidade dos transportes públicos aos brasileiros que não utilizam automóvel próprio. O Plano Nacional de Mobilidade Urbana de 2012, foi criado para combater os problemas urbanos como garantir meios alternativos, porém, na prática, ainda encontram-se dificuldades no plano de execução, visto a má qualidade dos transportes públicos: trens, metrôs, ônibus, teleféricos, entre outros. Nesse contexto, diante da precariedade de modais alternativos, o uso de automóveis torna-se a saída para os indivíduos que, lamentavelmente, tendem a poluir o meio ambiente em grande escala. Dessa forma, é fulcral refletir sobre o carro no século XXI. 

 Portanto, a fim de compactar a mobilidade urbana brasileira centrada nos automóveis particulares, as Secretarias de Transportes das áreas metropolitanas, devem investir fortemente na infraestrutura dos transportes públicos – desincentivando o uso de carros individuais – por meio de verbas governamentais que auxiliem o serviço transporte metroviário com segurança e custo acessível para população, de modo a introduzir políticas de planejamento urbano voltadas não somente no modelo rodoviário, como fez Juscelino Kubitschek, em seu mandato na presidência do Brasil.

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1 Correção

  1. (riqueza, luxo e poder. Vários Indivíduos)1- antes desse “vários Indivíduos” seria interessante ter um conectivo.
    Você também precisa fazer uma pequena conclusão no final do D1, assim como fez no D2. E no D1, tente comprovar de onde vem esses dados supracitados, onde você pegou a informação do engarrafamento em SP?
    De resto, você argumentou bem. Apresentou boa conclusão.

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