Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet

O filme “Matrix”, pertencente ao gênero de ficção científica, retrata uma sociedade distópica na qual os indivíduos vivem em uma realidade manipulada pela tecnologia. Não longe da ficção, percebem-se aspectos semelhantes no que tange à questão da manipulação do controle de dados na internet no cenário brasileiro.  Nesse contexto, torna-se evidente como causas a alienação do indivíduo e o desrespeito a liberdade e privacidade dos usuários.

Em primeira análise, é preciso atentar para a alienação que sofre o indivíduo. As grandes empresas concentram as informações obtidas dos usuários para o controle de suas atividades no meio digital, com o intuito de limitar o conteúdo que virá a ser consumido. Nessa perspectiva, vemos que a ideia da Escola de Frankfurt se encaixa perfeitamente no problema em questão, ideia essa que alega a homogeneização da massa crítica, pois os usuários ficam retidos a receber apenas o que lhe foi designado através da decisão final de uma máquina.

Além disso, é parte da problemática geral a falta de liberdade e privacidade dos usuários. Por esse motivo, o artigo 5º da Constituição Federal de 1988 trata de proteger que a liberdade e a privacidade dos cidadãos brasileiros seja garantida, sendo assim se torna inconstitucional o controle de dados e a manipulação comportamental que ocorre na internet, assegurando ao indivíduo que sentir os seus direitos violados, o direito à indenização pelos danos morais.

Por tudo isso, torna-se necessária uma intervenção pontual no problema. O Ministério da Educação deve criar, por meio de verbas governamentais, palestras e campanhas publicitárias que visem advertir os internautas dos perigos da alienação e da falta de privacidade que o controle de dados os infere constantemente, com a finalidade de conscientizar os usuários dessa manipulação. Talvez assim, a realidade distópica apresentada pelo filme Matrix não venha a se concretizar na atual sociedade brasileira.