Limites entre estética e saúde

Segundo a primeira lei de Newton, a inércia, um corpo tende a permanecer em movimento a não ser que uma força externa atue sobre ele. Hodiernamente, o Brasil enfrenta um grave problema entre os limites da estética e da saúde sendo ultrapassados recorrentemente. Tal problema só poderá ser paralisado caso os órgãos competentes realizem algumas ações sobre ele.

Em 2015 a modelo e dançarina Andressa Urach quase faleceu pelas complicações da aplicação de hidrogel nas coxas, também teve a possibilidade de ter suas pernas amputadas, e permaneceu por um longo período na UTI, passando por várias cirurgias afim de reverter o quadro da paciente. Tal caso não é incomum, muitos indivíduos buscam por um corpo perfeito e realizam inúmeras cirurgias plásticas, ignorando os riscos que tais procedimentos acarretam a saúde.

O ativista e sociólogo brasileiro, Herbert José de Sousa, afirmou que “Um país não muda pela sua economia, sua política e nem mesmo sua ciência; muda sim pela sua cultura.”, por meio desta frase nota-se que a busca por um corpo atlético faz parte da cultura brasileira, nas mídias sociais é possível notar a falta de representatividade de pessoas negras, gordas, deficientes, e outras características que desviem-se do padrão estético aceitavél.

Portanto, conforme a lei da inércia, a força necessária para que os limites entre a beleza e a estética não sejam ultrapassados, é o Estado, que deve por meio do poder legislativo formular leis que obriguem as empresas, principalmente as do ramo da moda, a representarem por meio de seus modelos, todos os biotipos de corpos. Também se faz necessário a criação de debates nas escolas, por meio da disciplina sociologia, que desconstrua os padrões irreais de beleza, e estimulem os alunos a se aceitarem como são. Esta medidas visam a preservação do bem estar físico e psicológico dos cidadãos brasileiros.