Ler é libertar-se

Aristóteles, um dos principais pilares da filosofia ocidental clássica, afirmou ser, a felicidade, o estado mais almejado pelo homem, pois é o seu motor. Contudo, na sociedade hodierna, a busca pela felicidade, apenas, é um empecilho para o desenvolvimento intelectual, pois o conhecimento também é essencial ao ser, porquanto a sua ausência acarreta a alienação e, inclusive a morte.

Os livros possibilitam o enriquecimento do conhecimento, libertam o ser humano e mostram-lhe como o mundo funciona. Por exemplo, o livro “1984”, de George Orwell, desenvolve uma trama que se passa em um estado autoritário, onde todos os pensamentos, falas e ações são monitoradas por aqueles que o compõem. Tal trama se mostra bem presente na “sociedade líquida”, como diz Zygmunt Bauman, pois observa-se que não há privacidade no mundo tecnológico, onde há bastantes câmeras e alta possibilidade de, através da internet, ser rastreado e visualizado por outrem.

Além do mais, Edmund Burke, filósofo irlandês, afirmou: “Um povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la”, pois aquele que não possui conhecimento histórico (que pode ser obtido através da leitura) não conhecerá os equívocos cometidos pelos ancestrais, como a ilusão pelos discursos de ódio, análogo ao ocorrido na Alemanha Nazista, responsável por dezenas de milhões de mortos.

Portanto, vale ressaltar que, a fim do homem não ser enganado pelas autoridades, faz-se mister a busca pela leitura e conhecimento, pois ela revela o que é o mundo e a sociedade, sendo assim, “libertadora”.