Leitura em tempos de tecnologia

A ascensão da tecnologia na atualidade contribuiu para que o acesso à informação, de qualquer tipo mas especialmente a educacional, se democratizasse. Frustra constatar que, com isso, a falta do hábito da leitura acabou crescendo entre os jovens no Brasil, negligenciando todos os aspectos positivos que ler oferece.

É fundamental enfatizar, primeiramente, que o uso de “smartphones” é quase vicioso pela maioria dos adolescentes do século XXI, geralmente passando de 5 horas diárias. Posto isso, eles ficam acostumados com redes sociais e jogos, que não oferecem novos horizontes ou ampliação de vocabulário; a mídia social “Twitter”, por exemplo, apenas permite textos de 140 caracteres, acostumando seus usuários a esse limite. O documentário “Dilema das Redes” mostra que os grandes produtores de conteúdo digital manipulam as bolhas de informação, reduzindo a capacidade cognitiva de seus usuários de forma sutil, como por exemplo, pelos 140 caracteres.

Outrossim, segundo uma pesquisa feita pelo Retratos da Leitura, os brasileiros leem em média 2 livros ao ano, enquanto um adolescente europeu lê de 8 a 10 livros. Nesse cenário, pode-se notar que não há como construir uma sociedade melhor e mais instruída que a atual sem o conhecimento, passado a partir dos livros. Considerando as condições atual dos jovens brasileiros, é compreensível a falta de tempo ou motivação dos mesmos no momento de criar o hábito da leitura, tendo em vista que grande parte deles trabalha, estuda e cuida de tarefas domésticas, mas ainda assim isso precisa ser mudado.

É possível constatar, portanto, que a leitura é de suma importância para os adolescentes brasileiros. Dessa forma, cabe ao Ministério da Educação, em parceria com as escolas, realizar clubes de livros e incentivar ao máximo  através de grupos nos meios de comunicação, a leitura como hábito e dever do estudante. Paralelo a isso, cabe aos produtores de conteúdo digitais influenciarem de forma positiva esse hábito, postando mais textos e dicas de livros. Assim, o Brasil poderá contar com uma sociedade mais instruída para o seu futuro.