Jovens: uma nova fonte de crimes?

(Tema) Orientação da banca: O que deve ser feito para reduzir a violência na sociedade brasileira, discutindo o cometimento de crimes por menores e a redução da maioridade penal.

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, “Não são as crises que mudam o mundo, e sim como reagimos a elas”. Sob tal ótica, diante da permanência de crimes executados por menores, o Brasil propende-se a respostas negativas, visto que vigora a insuficiência legislativa, e como efeito, discussões sobre a diminuição da maioridade penal.

Em primeiro plano, é axiomático a ineficácia das leis agravando a problemática. Segundo o ex-desembargador Liberato Póvoa, o Brasil, já, apresenta-se com 200 mil regras legais na Constituição. Tendo isso por base, faz-se desnecessária extensões a essa última, posto que, as que regem o território, já cercam os menores, quer por recuperações nem sempre aplicadas, quer por penalizações não executadas com eficiência. Dessarte, sendo inaceitável um dos países portadores das cartas políticas mais evoluídas do mundo, tenha que se defrontar a adversidades desse tipo.

Em consequência do supracitado, é notório discussões alusivas à redução da maioridade. Válido é, com isso em voga, salientar que mesmo Pitágoras, matemático da Antiga Grécia, tendo afirmado que o mundo se trata da harmonia de contrários, é perceptível a quebra desse equilíbrio no, hodierno, contexto. Por conseguinte, é irrefutável que aplicar esforços em apenas um aspecto do imbróglio é insustentável quando objetiva-se a harmonização desse panorama, além de sofrer o risco de ser, apenas, mais uma alteração em um tropológico “emaranhado de leis” as quais, grande parte, sequer já foi executado.

Depreende-se, portanto, a premência de medidas com o fito de mitigar esse impasse. Destarte, cabe ao Ministério da Educação, por intermédio da alteração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), adicionar uma nova frente na matéria de Sociologia, a qual tratará as alternativas que o jovem paralela à criminalidade. Quiçá, assim, tal hiato reverter-se-á, desenvolvendo uma população mais crítica e consciente de sua participação a fim de diminuir a violência, desde a tenra idade; finalmente fazendo “jus”, deveras, àquilo que fora apregoado por Bauman.