ISOMIA EM RELAÇÃO AO ADIANTAMENTO DO ENEM

Segundo Jean-Jacques, filósofo suíço, a vontade geral deve emanar de todos para ser aplicadas a todos, de tal forma grande parcela da população brasileira sofre com um impasse da decisão de prorrogação do Enem- Exame Nacional do Ensino Médio-  que afeta particularmente os estudantes da rede de escolas públicas, por se encontrarem no cenário de afastamento e adiamento das aulas, em razão da Pandemia do Covid-19, assim não tendo acesso a conteúdos e materiais de estudo para se prepararem para o exame.

De acordo com o artigo 1° da Declaração Universal dos Direitos Humanos, todas as pessoas nascem livres e iguais, porém ao tratarmos da mudança da data do enem, foge-nos a isomia dos estudantes em relação ao direito de terem acesso ao ensino para efetuarem bem o exame. A maioria da população estudantil do país é composta por alunos de baixa renda e que se encontram em escolas públicas, desse modo sem recursos suficientes, ou seja, sem os mesmos privilégios que seus adversários de escolas particulares.

Em conformidade com o TRF 70% dos inscritos na avaliação só se inscreveram por terem “acesso a tecnologia”, algo totalmente sem nexo, de certa forma a preocupação de não se inscrever na data prevista fez com que muitos se desdobrassem para conseguir a inscrição. O conceito errado de estudo por parte do governo impede  a suspensão da avaliação, de tal forma que vivemos em uma democracia e a insatisfação segundo Oscar Wilde, escritor, é o primeiro passo para o progresso de uma nação.

Portanto, providências são necessárias para resolução da situação. O MEC tem o dever de se manisfestar em representatividade da educação dos jovens que serão prejudicados com essa decisão. O governo precisa intervir e encontrar meios, como aplicação de uma lei que paralise qualquer atitude que possa ferir o futuro de vários jovens, para que dessa forma não haja revoltas . Os gestores das instituições públicas devem sair em defesa dos seus discentes, com movimentação e apelo ao Ministério da Educação. Até quando teremos que gritar para que alguém nos represente como jovens e futuristas da nação brasileira? Pretendemos a isomia por parte do Governo.