Sob a perspectiva filosófica de São Tomás de Aquino, todos os indivíduos de uma sociedade democrática possuem a mesma importância, além dos mesmos direitos e deveres. Conquanto, quando se observa que, no Brasil hodierno, ainda existem pessoas que não têm acesso ao registro civil e que esta situação ele lhes impõe a condição de invisibilidade perante à sociedade, constata-se que o pressuposto Tomista não se aplica no cenário brasileiro. Desse modo, é crucial analisar as causas desse revés, dentre as quais se destacam as desigualdades socioeconômicas – que são enormes no país – e a negligência governamental, nesse âmbito.
Em princípio, vale ressaltar os fatores socioeconômicos como uma das causas do problema. Nesse sentido, é lícito citar a obra “Quarto de Despejo”, da escritora brasileira Carolina Maria de Jesus, a qual demonstra o triste cotidiano de pessoas que, por questões monetárias vivem à margem da sociedade, não tendo acesso aos benefícios presentes no Estado. De maneira análoga, essa situação é vivenciada muitos brasileiros que também por questões financeiras não conseguem ter acesso à carteira de identidade, o que os afasta dos seus direitos. É inegável, portanto, que o aspecto financeiro está presente na problemática.
Outrossim, é pertinente ressaltar além da questão econômica, a inércia administrativa que igualmente corrobora com a diversidade da batida. Nessa Ótica, segundo Pacto Social – proposto por John Rawls, filósofo estadunidense, é papel do Estado garantir a Cidadania a toda sua população. No entanto, de modo análogo, esse acordo é diariamente quebrado no país, visto que, embora estabelecido como lei desde 1997 o direito do acesso ao registro civil, não é pragmaticamente assegurado no país, o que, por conseguinte, evidencia o descaso estatal nessa lamentável situação. Logo, o Poder Público precisa, urgentemente, mudar sua postura nesse contexto para que assim, a população marginalizada possa sair da invisibilidade e, com efeito, possibilitar a completude do pacto de Rawls, bem como do ideário Tomista.
Destarte, medidas são necessárias para mitigar o Infortúnio. Para tanto, o Ministério da Cidadania – responsável por ações administrativas nessa área – por meio do direcionamento de verbas do TCU – Tribunal de Contas da União – deve desenvolver, em escala Nacional, uma campanha de emissões de registros civis para aqueles que não têm acesso a tal documento, com o fito de que essa parcela social saia invisibilidade denunciada por Carolina.
juliaketlyn
a sua redação está muito boa, ótima explicação. Você citou a Carolina maria de Jesus, uma mulher negra, trabalhou muito nessa vida e no Brasil existe muita Carolina principalmente no nordeste.
sua redação está muito boa.
Boa sorte no enem❤️❤️🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰👀👀👀👀👀👀👀👀👀🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰
Sara Amanda
Uauuu, sem palavras pra essa redação que foi tema do enem 2021. Mas, vamos lá, citar Carolina Maria de Jesus deu um “up” porque poucos conhecem essa obra, por outro lado acho que você deveria ter explorado um pouco mais sobre a questão do registro civil(você falou sobre o rg e ao meu ver o tema fala sobre o papel que “ganhamos” ao nascer que muitas crianças não tem, muitas vezes por negligência dos pais..), no mais a redação está maravilhosa. Não sou especialista em redação, mas acredito que você tiraria 800 pontos brincando. Parabénssss!
Jgchaves
Obg pela correção/comentário! Fiz essa redação em 2019. E tirei 940. E justamente perdi pontos na competência 3 msm, sobre os argumentos. Pq assim, eu não estava querendo colocar ao RG e sim ao registro civil, mas na HR mim desconcentrei acabei colocando RG.😁