Intolerância no contexto da diversidade

Em suas obras, o pintor barroco Caravaggio, utilizando-se da técnica “chiaroscuro”, nos apresenta um mundo marcado por constantes oposições e, metaforicamente, remete-nos às intensas contradições da sua época. Atualmente, mais de 400 anos após sua morte, o pintor torna-se ainda mais atual, já que cotidianamente vivemos um novo barroco de paradoxos constantes e intensos, com a intolerância. Isso corre em função das diferenças étnicas, religiosas, culturais e tem como consequência a desigualdade social e econômica.

A priori, destaca-se o processo histórico da supremacia racial e o etnocentrismo, que  ainda persiste nos dias atuais. Nesse viés, Gilberto Freyre em se livro “Casa Grande e Senzala”, mostra-nos claramente a relação de poder do senhor de engenho- homem branco, católico e patriarca- com o escravos. Essa relação de superioridade ainda prevalece no século XXI,, visto que o passado está atrelado nas relações atuais, como a diferença econômica, onde a grande maioria dos descendentes de escravos, ocupam a camada mais pobre da sociedade. Dessa forma, e inegável a discriminação comas minorias, seja por causa de raça, cultura, religião ou opção sexual, a intolerância esta intrinsicamente presente.

Ademais, por consequência, o preconceito ao diferente acarreta na desproporcionalidade da distribuição de renda no Brasil. A desigualdade de oportunidade, torna-se o principal fator para tal consequência, visto que a defasagem se inicia logo na educação publica, comparada com o ensino particular, que ocasiona na discrepância ao concorrer um vaga em universidade ou na busca por emprego. Isso, consoante ao conservadorismo de muitas empresas, que evitam contratar pessoas marginalizadas, seja por questões raciais, como o preconceito, ou sociais, como a opção sexual. Logo, torna-se mais difícil a inclusão desses indivíduos na sociedade.

Portanto, o legado histórico contra as minorias ainda persiste no mundo contemporâneo, visto que essas parcelas menos favorecidas, carecem na falta de oportunidades e são vitimas constantemente da opressão-como o racismo, homofobia e xenofobia-devido a sua diversidade.

 

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