Intolerância no Brasil

De acordo com a constituição federal,promulgada em 1988,em seu artigo 3,é dever do estado construir uma sociedade livre,justa e igualitária,promovendo o bem-estar de todos sem quaisquer formas de discriminação.Entretanto,lamentavelmente,essas medidas defendidas na constituição não são cumpridas,visto que,a realidade brasileira é totalmente intolerante e excludente,o que gera preconceito em diversos âmbitos,desde o social até o racial,em virtude do crescente individualismo na sociedade pós moderna e da falta de compreensão de crenças e opiniões diferentes da sua.
Em primeiro plano,nota-se que a intolerância na sociedade brasileira é algo recorrente do individualismo,fruto de anos de opressão,violência e desrespeito com o “diferente” por parte do colonizador europeu. Sabendo disso,segundo Gilberto Freyre em seu livro “Casa Grande e Senzala” estabeleceu que o Brasil teve como base a mentalidade do senhor de engenho:branco,católico e tradicional.Por isso,está intrinsecamente enraizado em nossa sociedade o desrespeito,a discriminação e a falta de empatia para com as minorias,dificultando o equilíbrio e a harmonia social.
Ademais,o desinteresse em ouvir crenças e opiniões diversas das suas é um fator que contribui para a manutenção da intolerância,visto que é passada de geração por geração,onde os cidadãos brasileiros são um reflexo da influência de sua família tradicional e preconceituosa. De acordo com Émile Durkheim,“o fato social é a maneira coletiva de agir e pensar”,portanto, seguindo essa linha de pensamento do teórico, o ser humano tende a adotar por meio da convivência em grupo, pensamentos e crenças intolerantes e nocivas em relação ao próximo, perpetuando esse problema na sociedade brasileira.
Conclui-se então, que o individualismo e a falta de compreensão de ideias díspares corrobora para o aumento da intolerância no Brasil.Diante disso, cabe ao Governo Federal veicular campanhas de conscientização por meio das redes sociais informando a população sobre o tema e desconstruindo preconceitos.Além disso, cabe ao Ministério da Educação viabilizar debates e estudos na escola sobre a formação histórica cultural do nosso país valorizando a diversidade étnica e promovendo o pensamento crítico de inclusão e respeito às minorias.