Iniciativas para a inclusão do idoso no mercado de trabalho

O livro “Mr. Mercedes” conta a história do investigador Bill Hodges, que, ao completar 60 anos, acaba tendo crises existenciais por não trabalhar, pela idade avançada e condição física. Paralelo a isso, é visto que idosos sofrem dificuldades no ambiente trabalhista, sendo essas sociais e estruturais, havendo a necessidade de uma análise sobre.

Em primeiro aspecto, vale ressaltar que as propostas de empregos mais acessíveis  estão ocupados por pessoas jovens. A pesquisa do CLT mostra que menos de 30% das pessoas nesta idade trabalham em empregos de carteira assinada e em cargos consoantes a sua formação. Sob este prisma, é notável a preferência das empresas por mão de obra jovem. Essa opção  afasta o trabalhador idoso de uma oportunidade de emprego, contribuindo para a falta de renda na residência.

Em segundo lugar, deve-se por em pauta a desvalorização do idoso por idade e rendimento físico. O escritor de economia Jorge Felix afirmou que a integração de qualificados com mais de 60 anos é ineficiente, já que camadas menos escolarizadas são submissas a trabalhos incontingentes às suas condições. Assim, com a carência de serviços simétricos ao biotipo, a mão de obra idosa acaba desvalorizada.

Mediante as informações apresentadas, deve haver uma intervenção nas desavenças sociais e estruturais. Logo, é necessária uma reestruturação nos contratos trabalhistas que valorizem e estimulem a contratação de trabalhadores formais acima dos 50 anos, no intuito de diversificar os funcionários no mercado formal, tudo isso sendo executado pelas firmas contratuais. Dessa forma, situações como as do personagem Bill serão apenas enredos de livros estreados por idosos.