Influenciadores digitais: entre a futilidade e a responsabilidade social

O escritor britânico Oscar Wilde afirma: “O primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação”, no que se refere à necessidade de progressão no corpo social. Nessa linha de raciocínio, é preciso dar o primeiro passo para atenuar a alienação dos indivíduos trazida pelos influenciadores digitais na Internet, ambiente com muita futilidade e pouca responsabilidade social. Desse modo, o avanço das tecnologias permitiu o surgimento do problema e intensificou o incentivo ao consumo pelos influenciadores.

Sob esse viés, o avanço das tecnologias veio acompanhado dos criadores de conteúdo digital, que trabalham na Internet com postagens de vídeos e fotos que apresentam um modo de vida perfeito e idealizado. De acordo com Alberto Einstein, físico alemão, tornou-se chocantemente óbvio o quanto a tecnologia tem excedido a humanidade. Paralelamente, os celulares e computadores, com modelos cada vez mais modernos, deixam os usuários alienados ao consumirem os conteúdos produzidos pelos influenciadores, gerando lucro para empresas e “influencers” do meio midiático e levando as pessoas a serem dominadas pela futilidade.

Outrossim, com a modernização das tecnologias os influenciadores aumentam seu poder de influência sobre os internautas, incentivando o consumo com as publicidades pagas, com pouca responsabilidade social sobre o produto anunciado. Segundo Jonh Piper, escritor calvinista, a marca da cultura do consumo da atual sociedade é a redução do “ser” para “ter”. De maneira análoga, os “influencers” digitais disseminam a imagem de uma vida perfeita através de ideais de consumo, em que ter produtos e comprar cada vez mais coisas é sinônimo de felicidade. Dessa forma, há um intenso incentivo ao consumo por meio de publicidades, que, muitas vezes, não são totalmente verídicas e sinceras com os internautas.

Portanto, a sociedade deve realizar palestras sobre o cuidado que se deve ter com informações da Internet, por meio de parcerias com ONGs e trabalhadores voluntários, que sejam realizadas em ambiente público, a fim de alertar outros indivíduos sobre a alienação às tecnologias. Além disso, cabe à mídia, enquanto importante instrumento para a divulgação massiva de informações, criar campanhas que alertem sobre o consumo excessivo e publicidades duvidosas, mediante o compartilhamento de postagens nas redes sociais, com o intuito de que as pessoas não sejam enganadas por influenciadores digitais. Espera-se, com isso, dar o primeiro passo citado por Oscar Wilde.