Desde o fim da Revolução Francesa, a igualdade entre os indivíduos tornou-se um ideal imprescindível para o progresso de uma nação. Na contramão desse conceito Iluminista, é indubitável que o Brasil não é um país totalmente inclusivo para os cidadãos autistas. Logo, convém ressaltar que esse entrave é motivado não só pelo despreparo das escolas, mas também pelo preconceito presente na sociedade.
Em primeira análise, o direito à educação escolar não é usufruído, de forma efetiva, pela população autista do Brasil. Sob esse viés, Paulo Freire, célebre pedagogo brasileiro, reitera o papel transformador da educação na vida da população. Contudo, ocorre que os irrisórios investimentos governamentais contribuem para que o sistema educandário brasileiro seja excludente para com os autistas, uma vez que há, por exemplo, poucos profissionais capacitados para recebê-los, o que colabora para o aumento do processo de evasão escolar desse público e, por conseguinte, acaba por induzir a sua marginalização social.
Além disso, o preconceito presente contra os autistas faz com que o mercado de trabalho não seja igualitário. Nesse contexto, A. Maslow, psicólogo norte-americano, na teoria da “Hierarquia das Necessidades”, afirma que o trabalho é importante para o alcance da autorrealização humana. No entanto, é fato que, mesmo com alto grau de escolaridade, as pessoas autistas são, muitas vezes, rotuladas como incapazes de exercer cargos de alta hierarquia dentro das organizações, o que acentua o índice de desemprego dessa parcela populacional e torna-os frustrados profissionalmente.
Infere-se, portanto, que o Brasil é negligente no que diz respeito à inclusão efetiva dos autistas. Por isso, urge que o Ministério da Educação (MEC), em parceria com o Ministério da Economia deve, por meio de verbas governamentais oriundas da União, fornecer aulas e palestras em plataformas online, visando a formação de profissionais responsáveis que, utilizando jogos lúdicos e brincadeiras, atenderão alunos autistas nas escolas diariamente, com a finalidade de, a longo prazo, reduzir o preconceito sofrido pelos autistas e preparar tais discentes para o mercado de trabalho. Somente assim, os ideais da Revolução Francesa serão plenamente respeitados no Brasil.
gabrielleestefanie
Boa tarde!
C1: 200
C2: 200, bom repertório sócio cultural
C3: 200, seu texto foi bem estruturado e sua contextualização foi retomada ao longo do texto
C4: 180, cuidado com o uso de orações reduzidas ao longo do texto, opte sempre pelas completas
C5: 200, apresentou todos os aspectos necessários para uma boa conclusão.
Total: 980