IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA VIDA DOS CIDADÃOS BRASILEIROS

Constituição Federal de 1988 é um documento que, apesar de recente, possui representatividade internacional pela sua vanguarda jurídica em garantir que a população brasileira tenha acesso aos direitos elementares, como a educação. No entanto, mesmo diante desse arcabouço normativo e a importância da educação financeira para vida social, observa-se lacunas acerca da plenitude brasileira nesse âmbito, mostrando uma sociedade pueril financeiramente. Assim, é conspícuo que, não só o conteudismo escolar, como também, por conseguinte, as disparidades sociais são personagens desse quadro.

A falha educacional, desse modo, contribui para perpetuação da falta de educação financeira no Brasil. Isso acontece porque, visando a formação de mão de obra para o mercado de trabalho, o sistema educacional brasileiro, por ser arcaico, em sua maioria, prioriza atividades conteudista e massivas, secundarizando aulas que fomentam a isonomia social. Nesse sentido, a negligencia de temas como alfabetização financeira é comum, são esporadicamente trabalhadas em salas de aula. Além disso, muitas das vezes essa matéria é mascarada na matemática, em porcentagem, no entanto, acaba sendo ministrada com termos científicos ou pouco contextualizadas.

Em outra perspectiva, as desigualdades sociais é uma consequência nociva da falibilidade escolar mediante o tema. Essa situação surge da falta de conhecimento do cidadão médio, no qual, como reflexo de um viés educacional ineficaz, realiza aquisições sem racionalizar seu respectivo poder de compra. Dessa forma, o endividamento dos civis é uma cicatriz dessa situação, porque grupos minoritários, como empresários, conseguem ascensão econômica decorrente dessas dividas e dos juros cobrados, todavia, a parcela marginalizada fica sempre devedora. Contudo, no filme de 1945 “O Grande Ditador”, Charles Chaplin afirma que: “precisamos lutar por um mundo em que o progresso leve todos à felicidade”, uma vez que bolhas são prejudicadas com o desenvolvimento de outras.

Portanto, inferem-se ações do Poder Público para mitigar o entrave. Urge que o Ministério da Economia crie, por intermédio de verbas governamentais projetos educativos e cursos gratuitos, interativos e contextualizados para alunos, pais e professores sobre a educação financeira, com o fito de massificar o conhecimento sobre essa área e, eventualmente, reduzir índices de compras irracionais e endividamentos no Brasil. Quem sabe assim, a educação no Brasil  deixará de ser apenas um texto constitucional e se aplicará à realidade do país.