O escritor britânico Oscar Wilde afirma: “O primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação”, no que se refere à necessidade de progressão no corpo social. Nessa perspectiva, é preciso dar o primeiro em relação às implicações trazidas pela maternidade compulsória no Brasil, que devem ser revertidas. Sendo assim, a mentalidade atrasada da sociedade e o patriarcalismo corroboram a problemática.
Diante desse cenário, é notável que a concepção ultrapassada da sociedade sobre a maternidade gera implicações. Nos séculos XIX e XX, as mulheres passavam a maior parte do tempo em casa e precisavam ter filhos para constituírem uma família e agradarem os maridos. Nessa linha de raciocínio, muitas pessoas, principalmente as que nasceram no século passado, ainda possuem e compartilham o pensamento de que as mulheres precisam ser mães para se sentirem realizadas e completas, pois alegam que é algo natural e indispensável a elas. Nesse sentido, mesmo no século XXI, a maternidade compulsória implica mães que têm filhos por pressão ideológica, reflexo da mentalidade atrasada da sociedade.
Outrossim, o patriarcalismo também contribui com as implicações da maternidade compulsória. No livro “Peça-me o Que Quiser”, da escritora espanhola Megan Maxwell, a protagonista precisou parar de trabalhar após te filhos e entrega-se totalmente à maternidade. De maneira análoga, isso também é percebido na realidade, uma vez que as mulheres, após serem mães, têm suas oportunidades de trabalho reduzidas, não só pela falta de tempo de se dedicarem às atividades profissionais mas também pela concepção patriarcal das empresas de preferirem contratar homens ou mulheres sem filho. Desse modo, o patriarcalismo intensifica as implicações da maternidade compulsória e deve ser combatido.
Portanto, a mídia, enquanto importante instrumento para a divulgação massiva de informações, deve criar campanhas de caráter informativo, por meio de compartilhamentos nas redes sociais, a fim de desconstruir a ideia de que mulheres precisam ser mães. Ademais, cabe ao Ministério do Trabalho criar diretrizes de apoio às trabalhadoras quem têm filhos, por intermédio de leis trabalhistas para assegurar os direitos femininos, que combata as concepções patriarcais da sociedade, com o intuito de amenizar as implicações da maternidade compulsória no Brasil. Espera-se, com isso, dar o primeiro passo citado por Oscar Wilde
Shu
Olá Graziele! Como vai!
Abaixo segue alguns comentários sobre sua redação:
– 1° parágrafo: na introdução da citação do Oscar Wilde, você poderia ter apresentado essa frase dele, depois de abrir sua redação, porque parece que ficou solto, sem ligamento. Mas, a sua tese está bem esclarecida.
– 2° parágrafo: esse desenvolvimento está impecável! Parabéns!!!
– 3 ° parágrafo: tome muito cuidado com o verbo!!! No trecho “a protagonista precisou ou parar de trabalhar após te(r) filhos e entrega-se (entregou-se) totalmente à maternidade”, esses verbos tem que está no mesmo tempo verbal. Além disso, a protagonista do livro, de acordo com o parágrafo, precisou parar de trabalhar. Já no próximo trecho, você mencionou que é análogo, porém não é, porque as empresas preferem contratar homens do que mulheres, e não tem semelhança com o livro, pois a personagem é obrigada a largar o emprego.
– último parágrafo: sua conclução está muito boa! Dá para notar os agentes, o que será feito e tem o detalhamento.
Obs: você domina bem a redação dissertativo-argumentativo, mas continui sempre praticando.
Espero ter ajudado!!!
Prazer em ajudar!
Até a próxima!
:)