IMPLICAÇÕES DA FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO NA SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA

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O filósofo brasileiro Raimundo Teixeira, adaptou em 1889, o lema positivista “Ordem e Progresso” não apenas na bandeira nacional, mas também para a sociedade. No entanto, em um âmbito social em que há implicações da falta de saneamento básico na saúde pública brasileira, percebe-se o contrário de uma nação em progresso. Nesse sentido, tal problemática é causada pela inércia estatal e pela desigualdade social.

Diante desse cenário, é importante destacar à ineficácia governamental em relação ao empecilho exposto. No ano de 1988, o Brasil conheceu o documento mais importante de sua história: A Constituição Federal. Nela é previsto ser dever do Estado – ou deveria ser – assegurar e promover o saneamento básico em todo o território nacional. Entretanto, tal norma aparenta estar presente apenas no papel, tendo em vista que não é possível identificar medidas eficazes para, além de proporcionar à saúde, também garantir o asseamento no país. Isso ocorre devido à falta de investimentos em setores que ofertam o direito descrito, consequentemente, indivíduos ficam expostos à diversas doenças decorrentes da problemática, como, esgoto a céu aberto, poluição ao meio ambiente e entre outras sequelas. Logo, a omissão estatal acerca da temática se mostra um grave problema.

Ademais, a desigualdade social reflete, também, na manutenção de um viés enraizado no âmbito nacional. Tal questão ocorre, pois, de acordo com à análise da antropóloga brasileira Lilia Schwarcz, desde a independência do Brasil não há a formação de um ideal de coletividade – ou seja, de uma “Nação” ao invés de, meramente um “Estado”. Com isso, o caráter de desigualdade social se mantém, sobretudo, no que diz respeito aos indivíduos que não possuem saneamento básico, aos quais, frequentemente, são obrigados a conviverem em situações precárias, com o risco elevado de desenvolverem enfermidades devido, por exemplo, ao sistema de esgoto ineficiente, causando a proliferação de doenças. Portanto, não é razoável que esse viés permaneça em uma sociedade que almeja tornar-se nação desenvolvida.

Desse modo, graças à inércia estatal e à desigualdade social faz com que o Brasil não haja progresso. Mediante o exposto em suma, cabe ao Poder Executivo – órgão de maior hierarquia e importância no âmbito social – por meio da aplicação dos poderes estatais, pressionar o Estado no que se refere ao aporte de infraestrutura, como, instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário e limpeza urbana, a fim de que a problemática seja mitigada. Outrossim, cabe as mídias promoverem uma campanha nacional intitulado “Saúde para todos” e nela exemplificar o papel do cidadão em manter o ambiente saudável, não contaminando, como, jogando lixo nas ruas e entre outros. Essas iniciativas terão a finalidade de garantir o direito descrito na Carta Magna.

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4 Correções

  1. O primeiro e segundo parágrafo já cumprem a o repertório sociocultural que compõe a competência 2, sendo assim o terceiro já poderia ser utilizado para envolver mais o leitor no seu enredo até o conclusão.

    Sua redação está muito boa!

    não sei avaliar melhor pois estou aprendendo a utilizar a plataforma e as competências.

    Boa sorte!

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  2. Boa noite Matheus, tudo bem?

    Introdução: bem contextualizada, demonstrou a sua tese.

    Desenvolvimento 1: ótimos argumentos

    Desenvolvimento 2: você tem bons argumentos, mas o teu desenvolvimento ficou muito longo.

    Conclusão: ficou perfeita, tem o agente/meio/ação/ finalidade e desenvolvimento. Parabéns!

    OBS: tem que cuidar o número de linhas

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  3. Oi, boa noite! Não sou especialista ou professora mas vou tentar corrigir sua redação.

    🔶 Introdução: bem construída, eu apenas senti falta do fechamento do parágrafo, por exemplo: Logo, é crucial a análise das causas da problemática, tais como: a inércia estatal e a desigualdade social.

    🔶 D1: um pouco denso demais, eu deixaria as consequências do problema mais resumidas.
    🔺 – ou deveria ser – (linha 7), não soou bem, recomendo tirar.

    🔶 D2: apesar do argumento “desigualdade social” ser adequado ao tema da falta de saneamento básico, afinal de contas, são as classes baixas que sofrem com isso, você abordou ele de um jeito muito genérico, o repertório que você trouxe não se adequou bem. Recomendo citar o livro “Olhai os Lírios do Campo”, do Érico Veríssimo. Nele, o protagonista é da classe baixa mas estuda numa escola particular, então fala bastante da disparidade das duas realidades. Além disso, ele se torna médico e aborda as doenças causadas pela falta de saneamento.

    🔶 Conclusão: assim como D1, um pouco densa demais. Na conclusão, busque apenas colocar os 5 elementos (ação, agente, modo, detalhamento e finalidade) e resolver o que você propôs, então toda penúltima frase poderia ser retirada, já que você não desenvolveu os hábitos da população ou a questão ambiental durante o texto. Também sempre recomendo terminar a redação citando o repertório da introdução, para fins de coesão, então substitua a “carta magma” por: Enfim, essas ações teriam a finalidade de aproximar o Brasil ao lema positivista previsto na bandeira nacional.
    🔺 Não há crase antes de “desigualdade social” (linha 1)
    🔺 Falta de coesão na frase “Desse modo, graças à inércia estatal e à desigualdade social faz com que o Brasil não haja progresso.” (linha 1-3), substitua por: Desse modo, à inércia estatal e a desigualdade social fazem com que o Brasil não tenha progresso.// Desse modo, graças à inércia estatal e à desigualdade social, não há progresso no Brasil.

    🔶 Geral: você escreve bem, mas recomendo que evite usar apenas repertórios coringas. A maioria das redação nota 1000 os utiliza em conjunto com outro repertório específico do tema, como dados, notícias, casos, etc. Além disso, tente diminuir um pouco seu texto, para evitar, por exemplo, repetição (você citou basicamente as mesmas consequências no D1 e D2).

    🔶 Nota
    – C1: 200
    – C2: 180
    – C3: 180
    – C4: 200
    – C5: 200
    🔹 Total: 960

    ~ Boa sorte e desculpa qualquer coisa 🌸

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  4. COMPETÊNCIA 1: Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa – 120 PONTOS

    COMPETÊNCIA 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa – 160 PONTOS

    COMPETÊNCIA 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista – 120 PONTOS

    COMPETÊNCIA 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação – 200 PONTOS

    COMPETÊNCIA 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos – 120 PONTOS

    NOTA FINAL: 720 PONTOS

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