Implicações da falta de saneamento básico na saúde pública brasileira

A Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante nacionalmente, prevê o direito a saúde e bem estar como inerente à todos os cidadãos. Todavia, tal prerrogativa não tem se efetivado quando refere-se ao saneamento básico nas regiões brasileiras, o que causa a dificuldade de melhorias públicas e a universalização de tal direito. Sob essa perspectiva, vale salientar a questão da ausência de medidas estatais e a desigualdade socioeconômica no Brasil.
Em primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de  providências governamentais para resolver as implicações causadas pelo déficit de saneamento básico no país. Nesse sentido,o Estado não acompanha o aumento acelerado das cidades e há o privilégio de regiões sobre outras, o que não cumpre as normas de um país igualitário.Tal conjunta configura-se como uma violação ao “contrato social” proposto por Jonh Locke, na qual o Estado deve tratar bem seus moradores e aplicar o bem estar.
Ademais, outro fator é a desigualdade presente no século XXI. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil é o quinto país mais desigual do mundo e mais de 50% da população brasileira convive com a miséria. Sendo assim, as regiões mais pobres e afastadas são negligenciadas pelo governo e possuem escassez de verba para cuidar do saneamento básico. Consequentemente, com essa falta, os cidadãos estão mais propícios a contraírem doenças infecciosas e conviverem com esgoto mal tratado e, por conseguinte, o direito a saúde fica restrito a grandes metrópoles.
Fica evidente, portanto, a necessidade de medidas para mudar as implicações causadas da falta de saneamento básico na saúde pública brasileira. Logo, cabe ao Estado, por meio de campanhas especializadas, aumentar o tratamento e incentivar de maneira eficaz e rápida para auxiliar a parcela da população que sofre com tal negligência. Além disso, é preciso que o Ministério da Saúde crie maior número de hospitais regionais a fim de amenizar e cuidar de indivíduos que possuem doenças causadas pelo esgoto. Desse modo, o direito ao bem estar será digno para todos, como previsto pela Constituição.